Nesta terça-feira (14), a
presidenta Dilma Rousseff deve se reunir com o senador Roberto Requião
(PMDB-PR) e lideranças dos movimentos sociais organizados na Frente Brasil
Popular e Frente Povo Sem Medo, em Brasília, com o objetivo de debater e
construir uma proposta de plebiscito e antecipação das eleições presidenciais.
Entre as lideranças que
deverão participar do encontro estão o dirigente do Movimento dos Trabalhadores
Sem Terra (MST), João Pedro Stédile; da Central Única dos Trabalhadores (CUT),
Vagner Freitas; do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), Guilherme
Boulos; bem como integrantes das frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo.
Em entrevista ao Brasil 247,
a presidenta Dilma afirmou que a derrota do golpismo passa por seu retorno à
Presidência da República. Ela defendeu ainda que será necessária uma nova
repactuação pelo voto. “Foi rompido o pacto político que garantiu a
redemocratização do Brasil”, afirmou.
“A solução democrática passa
pela minha volta. Mas num segundo momento, vamos ter que discutir: o que rompeu
no Brasil? Nós rompemos o pacto político que sustentou o Brasil desde a
Constituição de 1988. As forças políticas que se uniram naquele momento tiveram
uma ruptura. Aquele dia 17 de abril foi um momento de ruptura. O que significa
isso? Muito dificilmente haverá uma repactuação por cima. Isso traz a
necessidade de uma nova repactuação via eleições diretas, pelo voto”,
completou.
A vice-presidenta nacional
da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Carmem Foro, afirmou em entrevista ao
Blog do Esmael que representantes dos movimentos sociais vão se reunir com a
presidenta Dilma visando discutir melhor a proposta sobre o plebiscito. “Ela
lançou a ideia, agora nós queremos saber a dimensão dessa consulta”, disse a
dirigente sindical.
Carmem afirmou que mesmo que
nem todas as propostas sejam unânimes, o movimento contra o golpe quer trazer à
tona as melhores perspectivas políticas e econômicas para o país.
“Temos de pensar
coletivamente qual a saída para o país, por isso estamos discutindo com todos
os senadores. Trata-se de uma articulação suprapartidária, que busca a melhor
saída”, explicou.
Nenhum comentário:
Postar um comentário