quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Comitê pela Verdade trabalha na elaboração do RN Nunca Mais

Com o objetivo de sistematizar as informações sobre as violações de Direitos Humanos cometidas pelo Estado brasileiro, entre os anos de 1946 e 1988, no Rio Grande do Norte, o Comitê Estadual pela Verdade, Memória e Justiça, em parceria com o Centro de Direitos Humanos e Memória Popular (CDHMP), está trabalhando na elaboração do RN Nunca Mais.
 

O relatório deve contemplar o esclarecimento dos crimes praticados pelo Regime Militar no Estado, que culminaram na morte e no desaparecimento de militantes políticos, assim como violações pouco esclarecidas contra cidadãos que não exerciam atividade política direta. Um relatório parcial deve ser entregue à Comissão Nacional da Verdade durante visita ao Rio Grande do Norte. 
 


Segundo o coordenador do CDHMP e membro do Comitê Estadual, Roberto Monte, a Comissão está estudando a repressão exercida pelo Regime Militar a partir de documentos produzidos pelas próprias autoridades encarregadas desse controvertida tarefa. Mas além de cópias dos processos políticos que transitaram pela Justiça Militar brasileira, estão sendo levantados relatos de sobreviventes, parentes ou amigos, cartas, correspondências trocadas entre militantes e advogados, documentos elaborados por entidades que se dedicam à defesa dos Direitos Humanos, além de obras já publicadas.
 


A expectativa é de que até o final deste ano o Comitê consiga fazer a publicação de todas as sete obras previstas para compor a coleção Repressão no RN e que deve ser a base do RN Nunca Mais, a ser lançado no primeiro semestre de 2014. Entre os títulos, Campo de Concentração de Parnamirim – 1952 - 1953, Relatório Veras, IPM 488 – Capitão Ênio Lacerda, Comissão de Inquérito da Prefeitura Municipal de Natal, Comissão Situação Financeira da Prefeitura do Natal, Comissão de Investigação da UFRN, Inquérito do Restaurante Universitário da UFRN.
 


“O Relatório Veras marcou o início da produção editorial do Comitê da Verdade e do Centro de Direitos Humanos e Memória Popular, no seu objetivo de produzir e divulgar relevantes documentos históricos que revelam a memória e o tempo de duros períodos de repressão e tortura durante a Ditadura Militar. Até o final deste ano, pretendemos finalizar o processo de publicação e sistematizar todas estas informações no RN Nunca Mais”, esclarece Roberto Monte.
 


Roberto vê a produção desse relatório como mais um exemplo da necessidade de permanente diálogo entre o comitê e a sociedade civil. “O Comitê vai incorporar muitas das questões que forem trazidas. Por exemplo, o que for levantado sobre o que aconteceu na UFRN, vai fazer parte também desse acervo”, disse em relação ao levantamento que a Comissão formada na Universidade está fazendo sobre as perseguições internas ocorridas no período.
 


A sistematização não deve, contudo, postergar as atividades da Comissão, que pretende realizar Seminários. "Vamos envolver também a comunidade acadêmica e a universidade nesse trabalho", ressalta Roberto.
 


Como um mecanismo privilegiado da justiça de transição, que pretende ajudar a romper a cultura do silêncio e do sigilo, ainda hoje existente no país, a Comissão da Verdade deve assumir uma dimensão de escuta pública das vítimas, de debate aberto com a sociedade, para criar uma cultura política contra a violência do Estado. É o que afirma Roberto, ao falar da importância de uma atividade articulada. “A verdade só é possível à medida que haja um trabalho coordenado”.
 


De Natal, Jana Sá
 

 

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

RESGATANDO O SONHO DE UMA EDUCAÇÃO POPULAR






“o que acontece, no meio popular, nas periferias das cidades, nos campos, - trabalhadores urbanos ou rurais reunindo-se para rezar ou para discutir seus direitos – nada pode escapar a curiosidade arguta dos trabalhadores envolvidos na pratica da educação popular” (Paulo Freire, 1992)


A citação acima foi extraída do texto Educação de Adultos, Hoje, Algumas Reflexões, escrito por Paulo Freire em 1992. Através de suas palavras, ao fazer algumas considerações sobre o que ele pensava a respeito  da educação de adultos naquele momento, Paulo Freire nos extinga a fazer parte da construção de uma educação popular.

Essa nova educação que estava sendo proposta deveria ir além do mero ensino de conteúdos, da transmissão de conceitos extremamente abstratos, dos métodos e das práticas escolares. A educação popular, proposta por Freire, é acima de tudo um ato político e, assim sendo, exigi do educador o conhecimento do mundo do educando, de sua cotidianidade, para que se posicione diante dele e, a partir disso, direcione sua prática educativa para verdadeira libertação de seu alunado.

Partindo desse pensamento, pode-se inferir que limitar-se a reclamações sobre indisciplina, agressividade ou da falta de apoio da família. É certo que esses fatores são relevantes e condicionantes da aprendizagem, tendo origens históricas, sociais, psicológicas, físicas, familiares, em fim, infinitas razões. Porém, também é certo que se não nos aproximarmos de nossos alunos, de seu mundo pouco poderemos fazer para ajuda-los a avançar em seus conhecimentos, pois, é também é certo que eles já possuem muitos saberes de suas vivências.

Tornando-nos conhecedores de alguns aspectos tangentes  ao mundo dos nossos educandos – onde moram, como vivem, quem são seus familiares, que conceitos d e famílias eles possuem, o que pensam sobre saneamento básico, doenças, normas de boa convivência, criminalidade – poderemos tornar os conteúdos escolares mais atrativos, pois, dessa forma, os alunos não estarão mais diante de conceitos e palavra distantes de sua cotidianidade, mas, ao contrário disso, se sentiram contemplados, inclusos pela prática de seus professores.

Sentindo-se contemplado pela escola e por seus professores, passando a perceber-se cada vez mais como um ser que é sabedor e produtor de conhecimentos, o aluno poderá avançar de um mero expectador para aquele que se interessa pelas aulas, os conteúdos escolares, que tem curiosidade, que quer pesquisar, aprender, produzir, divulgar seus conhecimentos e produções, que quer atuar no mundo, tornando-se sujeito livre para escolher suas convicções e exercer sua cidadania.

Portanto, nesse novo ano que se inicia, convidamos a todos os amigos, camaradas da educação, a refletir, reviver, buscar tornar real esse sonho de formar sujeitos críticos, capazes de resistir as artimanhas de seus opressores,  livres para atuar e transformar esse mundo turbulento e repleto de incerteza no qual vivemos.

AUTOR: Professor Thiago Costa


domingo, 17 de fevereiro de 2013

Prefeitura convoca mais aprovados no concurso público de Caicó


A prefeitura de Caicó está convocando mais seis professores aprovados no Concurso Público, e que serão lotadas na Secretaria de Educação. Os convocados tem que comparecer com toda documentação necessária até o dia 07 de março, das 8 as 13 horas no Departamento de Recursos Humanos da Prefeitura. Os convocados são:
 
- Milena Karine Fernandes De Araújo - Professor Educação Infantil - Comunidade Furna Da Onça
 
- Maria Do Socorro Alves Da Silva - Professor Polivalente 1º Ao 5º - Ensino Fundamental - Comunidade Domingas
 
- Itamara Miranda Bezerra Dos Santos - Professor Polivalente 1º Ao 5º - Ensino Fundamental - Comunidade Nova Olinda
 
- Tamara Tassia Dias Dos Santos - Professor Polivalente 1º Ao 5º - Ensino Fundamental - Comunidade Pau D’arco
 
- Milena Fernandes De Araújo - Professor Polivalente 1º Ao 5º - Ensino Fundamental - Comunidade Umbuzeiro
 
- Ana Lygia De Figueiredo Pereira Diniz - Professor Polivalente 1º Ao 5º - Ensino Fundamental - Comunidade Barbosa De Cima

Cronograma da semana pedagógica e início do ano letivo para o município de Caicó



Semana pedagógica:

O objetivo da reunião de 15 de fevereiro de 2013 (sexta-feira) na Sala de Reuniões do Centro Administrativo foi apresentar o Cronograma da semana pedagógica e repassar o material selecionado pela equipe pedagógica, a título de sugestão, para ser trabalhado nas escolas pelas suas respectivas equipes diretivas.
Cronograma da semana pedagógica:

  • A Palestra de abertura será dia 19/02/2013
Horário:17 horas
Local: Ginásio Poliesportivo Monsenhor Antenor Salvino de Araújo (Nonozão).
Palestrante: Professor Veranilson S. Pereira
Tema: Motivação:Um novo olhar para Educação
20/02/2013 : Oficina Primeiros socorros – Educação infantil) onde todos poderão participar.
Oficina:Gestão de sala de aula- Ensino fundamental. Será definida uma data.
21/02/2013: Planejamento nas escolas.
22/02/2013: Reunião Administrativa (indicadores de qualidade), nas escolas.
25/02 e 26/02/2013 ( a critério da escola)


  • Início do ano letivo:27/02/2013