terça-feira, 1 de novembro de 2016

Vanessa defende reforma que aumente representatividade política



 Vanessa defende “uma reforma que permita uma representatividade política mais real, que aumente a representação feminina e das camadas menos favorecidas." 
Procuradora da Mulher no Senado, Vanessa defende “uma reforma que permita uma representatividade política mais real, que aumente a representação feminina e das camadas menos favorecidas; que reduza o peso do poder econômico, amplie a democracia e assegure a participação das diversas correntes ideológicas.”

E critica a proposta de reforma política que está em tramitação no Congresso, que proíbe as coligações proporcionais e a impõe cláusula de barreira, como querem os "grandes partidos", sem que resolva as profundas distorções no sistema político-eleitoral do país.

“A representação política precisa servir para o espelhamento existente entre a demografia e a democracia. Do contrário, o sistema de representação se reduzirá apenas a um sistema de dominação social, de raça e de gênero”, avalia a senadora, para quem é preciso fortalecer as ideias, os projetos, e não os indivíduos. “Esse é o debate que precisamos enfrentar.”


Perguntas e respostas


A parlamentar levanta uma série de questionamentos que pautam o debate sobre a reforma política e, ao contrário das propostas em análise no Congresso, aponta soluções para as questões estruturantes.

Por que os partidos são tão execrados? “Os partidos são execrados porque as siglas cumprem apenas uma exigência burocrática para alguém disputar uma eleição. Enquanto isso não mudar, essa aberração não cessará. Isso porque a maioria não guarda qualquer coerência entre o que diz e pratica, o que só mudará quando eles forem obrigados a seguir a plataforma apresentada ao eleitor”, responde a senadora.

Por que o sistema de representação exclui parcelas importantes da sociedade, como as mulheres, trabalhadores, negros e indígenas? Segundo a senadora, “isso só será resolvido quando os partidos forem obrigados a apresentar listas de candidatos nas quais se alterne a participação de gênero e dos diversos segmentos sociais.”

Nessas eleições, as mulheres mantiveram “o mesmo e vergonhoso índice de 10% de participação no Parlamento”, destaca a senadora. “Uma posição constrangedora perante o mundo. Ocupamos a 158ª posição entre 190 países, segundo estudo da União Interparlamentar (UIP), parceira da ONU”, afirma Vanessa.

Por que os políticos mudam tanto de partido? E por qual razão se criam tantos partidos? A senadora explica que “como a fidelidade partidária na prática ainda não existe, o ambiente favorece a promiscuidade”, com a subdivisão e criação de partidos políticos.

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