Nos
dias 16, 17 e 18 de novembro, em cumprimento do que foi deliberado em
assembleia geral do dia 10 do mesmo mês, os servidores públicos municipais de
Caicó realizaram paralização e ocupação do Centro Administrativo da prefeitura
de Caicó.
É
importante destacar que, ao contrário do que tem dito a gestão municipal,
através do prefeito Roberto Germano, os servidores apresentam várias e justas
motivações para o ato dessa semana, uma vez que nos últimos três meses o município
vem pagando a folha com atraso e o servidores arcado com prejuízos financeiros
e morais: juros no cartão de crédito e cheque especial, perdas no poder
aquisitivo gerado em decorrência desses juros, atrasos nas dívidas no comercio,
cobranças que chegam a suas residências, constrangimentos por não poder honrar
seus compromissos.
Além
disso, temos o histórico negativo de gestões passadas que, desde 1996 até 2012,
sempre tem deixado atrasos salariais para os seus sucessores. Nesta lista
inclui-se o próprio prefeito Roberto Germano que, ao encerrar o seu primeiro
mandato de prefeito de Caicó em 2004, deixou servidores com salários atrasados
para o seu sucessor.
Some-se,
ainda, a todas essas motivações para desconfiança, o fato de que o prefeito,
Roberto Germano, nas várias entrevistas que concedeu a imprensa local durante
essa semana não deu nenhuma garantia de que tenha condições de honrar com sua
obrigação de pagar as folhas de novembro, dezembro e décimo terceiro salário.
Isso porque, a maioria de suas falas girava em todo da mesma ideia: Eu farei todo o empenho, mas, não tenho como
dá garantias, mas, se Deus quiser...
Diante
de toda essa situação, a paralização e ocupação da prefeitura tiveram como
objetivo protestar contra os atrasos salariais dos últimos três meses, buscando
pressionar o prefeito, Roberto Germano, a discutir e apresentar um calendário
de pagamento dos meses de novembro e dezembro e décimo terceiro salário.
Foram
três dias de ocupação, assembleias, oficinas, rodas de conversas e muita
atividade. Porém, a gestão municipal permaneceu insensível, totalmente
indiferente a reinvindicação da categoria, intransigente no seu desinteresse em
discutir e construir uma saída para esse impasse, optando por se utilizar da
imprensa com sua velha e já bastante conhecida estratégia de se fazer de
vítima, buscando, em vão, confundir a opinião pública e colocar a população
contra a categoria.
Chegando
ao seu último dia, os servidores se reuniram em assembleia geral do Sindserv, realizada
no próprio local da ocupação, para discutir, encaminhar e deliberar os rumos da
luta.
Sendo
assim, a assembleia concluiu e deliberou que, em razão dos fatos que
caracterizam o atual impasse entre a gestão municipal e os servidores
municipais, fica decretado o seguinte ultimato ao chefe do executivo municipal:
caso até o dia 05 de dezembro não seja pago o salário de novembro e nem
divulgado as datas de pagamento das folhas restantes de 2016, os servidores
decidiram (em assembleia já convocada para esse mesmo dia), por paralisar por
tempo indeterminado as atividades ou continuar trabalhando sem a garantia de
que irá receber.
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