quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Blogueiro, Diogines Dantas, defende mais investimentos no setor de energias alternativas no Nordeste e no RN

Ao acompanhar o noticiário do apagão ontem à noite, já beirando a madrugada, eu lembrei das palavras do empresário Bira Rocha, ex-presidente da Fiern, em recente almoço da confraria Ele & Elas:- O Rio Grande do Norte tem uma oportunidade ímpar - a de ter dois relatores do pré-sal - para garantir investimentos em fontes alternativas de energia - a dos ventos e a solar.
E é mesmo.O incidente de ontem à noite, que deixou sem energia elétrica nove estados do país - os mais populosos e economicamente mais fortes - foi uma demonstração da fragilidade e da falta de infraestrutura numa das áreas essenciais para o desenvolvimento do país.
Sem energia o motor da economia brasileira não gira. Não anda.A pane em Itaipu, ao que parece, foi provocada por fenômenos naturais - um raio em meio a uma tempestade -, mas é evidente que o país carece de alternativas para evitar apagões desse porte, um dos maiores já vistos.
Imagine se isso ocorresse na final da copa de 2014 ou na abertura das Olímpiadas em 2016. Seria um vexame do Brasil perante o mundo.O país convive com as ameças de apagão desde os tempos do Fernando Henrique Cardoso.
E a principal causa disso tudo é a falta de investimentos no setor elétrico. O país chega a consumir mais energia do que produz. Chegamos a não ter excedentes.Desde aquela época, as autoridades e a sociedade estão cientes de que é preciso investimentos vultosos nessa área - construção de novas hidrelétricas, termoelétricas e em parques eólicos.
E problema no centro-sul pode se transformar numa grande oportunidade de investimentos em áreas onde o Rio Grande do Norte possui vocação: energia eólica e a energia solar voltáica.Governos, empresários e setores diretamente ligados à produção de energia precisam se unir para lutar por esses investimentos.
O governo atual, da professora Wilma de Faria, já deu os primeiros passos. Mas é preciso avançar mais. O nosso estado possui um litoral com ventos constantes e um sol de rachar. Vamos transformar isso em energia, minha gente.O Ceará, nosso vizinho, faz isso há algum tempo. Pernambuco, Piauí, Maranhão, idem. Temos uma boa oportunidade de aproveitar o "apagão" dos outros e dar à luz, garantindo o crescimento da nossa economia....Eu fiquei preocupado ao ler o último número da revista Exame. A revista da editora Abril traz uma belíssima reportagem sobre o crescimento da economia nordestina.
E aponta vários setores da iniciativa privada. Meu desapontamento foi ver um quadro onde a Exame lista os principais investimentos na região. Lista oito estados e deixa de fora o Rio Grande do Norte.Vejam bem: a Exame lista oito dos nove estados do Nordeste. O Rio Grande do Norte ficou fora. Fiquei na dúvida: ou o Rio Grande do Norte não tem o que mostrar ou a revista cometeu o erro de não querer conhecê-los. E não é bem isso que vemos em outros levantamentos onde a economia do RN registra bons índices de crescimento.
Nossas autoridades, principalmente as que lidam com o desenvolvimento do estado, e os empresários locais precisam ficar atentos e reagir à reportagens como essa da renomada revista Exame.

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