quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Pesquisadores pernambucanos criam sistema que pode ajudar na criação de uma vacina contra AIDS

Reprodução TV GloboPesquisadores da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), em parceria com especialistas de outras universidades brasileiras, deram um passo importante na luta dos cientistas contra a Aids. Eles criaram um sistema para identificar os pacientes mais resistentes ao vírus HIV, o que pode levar ao desenvolvimento de uma vacina terapêutica para os pacientes infectados.

Os pesquisadores já são conhecidos na comunidade científica internacional por outras descobertas. Em maio passado, eles anunciaram a criação do HIV artificial para ajudar nas pesquisas. O trabalho é em parceria com a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e a Universidade de São Paulo (USP).

Desta vez, eles criaram um marcador genético a partir de uma proteína presente nas células de defesa, chamada NALP. A quantidade desta proteína está associada à maior ou menor resistência do sistema imunológico ao vírus da Aids.

“A pessoa que tem a proteína consegue se defender muito bem do HIV porque esta proteína NALP tem a capacidade de reconhecer o vírus. Quem não tem essa proteína tem maior risco de ser infectado pelo vírus, mesmo porque, não tem capacidade de reconhecer o vírus e chamar a atenção para destruir o vírus”, afirma Sérgio Crovella , professor de genética da UFPE.

A descoberta do marcador genético a partir da proteína NALP nas células de defesa ou células dendríticas vai ajudar a definir os critérios de seleção dos pacientes que poderão tomar a vacina terapêutica.

Apesar da descoberta, o médico e pesquisador Luiz Cláudio Arraes  alerta que o caminho ainda é longo para a vacina chegar aos pacientes.  “No mínimo cinco anos, não antes disso. Antes: depende de vários fatores, depende do tempo científico, depende também de outros fatores circunstanciais.”

O grupo da Universidade Federal de Pernambuco já trabalha há dez anos na pesquisa de uma vacina terapêutica para os pacientes portadores do vírus HIV. A medicação não serve para prevenir a doença, mas para tratar os doentes. Na primeira fase, 18 pacientes tomaram a vacina. Metade deles teve a carga reduzida a quase zero.

A nova está sendo festejada pelos pesquisadores. “É um passo importante, um novo marcador, uma nova proteína no nosso longo caminho pra chegar até a vacina final, digamos, o novo marcador para melhor a qualidade da vacina”, destaca Crovella.

Fonte:  V&C Artigos e Notícias
http://vcartigosenoticias.blogspot.com/2011/02/pesquisadores-pernambucanos-criam.html

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