sábado, 12 de fevereiro de 2011

2011, O Ano Que O Brasil Já Reza Para Acaba




É isso aí, depois de quarenta dias de 2011 já passados, só temos a acreditar que esse ano, por enquanto, deve ser esquecido. Por mais que o ano esteja no início e que os acontecimentos desses quarenta dias não apareçam na retrospectiva 2011 dos canais de TV em dezembro, mesmo assim a coisa não está de brincadeira.

Tudo bem, parece meio precipitado dizer que o ano de 2011 será ruim já agora, mas não há como negar o fato de que esse ano já começou mal. Logo no final da época do “feliz ano-novo” o Brasil ficou (mais uma vez) chocado e de luto pelas vítimas das enchentes na região serrana do Estado do Rio de Janeiro. As cenas de cidades inteiras destruídas – e em alguns casos, apagadas do mapa – pela força das águas não serão tão cedo esquecidas pelos brasileiros.

Até parecia um replay das enchentes de Santa Catarina em 2009. Um replay totalmente desnecessário é ocasionado não só pelas chuvas, mas, principalmente, pelo descaso e omissão das três esferas de governos que não tomaram medidas para retirar as pessoas que moravam em locais de risco e reparar possíveis danos nas encostas provocados por essa ocupação irregular e ilegal.

E enquanto o Brasil ainda tenta se recuperar dessa tragédia, uma outro fato ocorre e esse atingiu a nossa região Nordeste. Quando achávamos que só a seca era o nossa principal desgraça, agora podemos adicionar mais uma a lista de “carmas” para o nordestino: senhoras e senhores, conheçam o blackout.

Pois é, em 2011 o Nordeste já passou por um apagão. Ficamos totalmente as escuras – exceção feita ao Estado do Maranhão. E tudo por causa de um dispositivo eletrônico conhecido como “cartela” na subestação Luiz Gonzaga, em Pernambuco. A tal “cartela” emitiu um falso sinal de defeito, desligando a subestação, provocando assim o chamado efeito dominó nas outras subestações.

E para terminar esses quarenta dias, o IBGE anunciou o aumento do IPCA – Índice de Preços ao Consumidor Aplicado – ou seja uma das formas de medir a inflação. O relatório diz que o aumento se deve, principalmente, ao aumento do preço dos alimentos e do setor de serviços.

Vamos combinar que nem era preciso o IBGE anunciar o IPCA para sabermos disso. Qualquer pessoa que já foi o que vá a um supermercado já viu e vai ver que a carne, o feijão e o arroz já estavam e ainda estão caros prá burro! Sem falarmos nos medicamentos nos serviços pagos e em tudo aquilo que pagamos para sobreviver. (Ou será tudo aquilo que sobrevivemos para parar?).

Seja como for, não poderíamos querer um início de ano tão esquisito. Pode até não ser um desastre total... mas a coisa começou mal, e isso não dá para negar. Vamos esperar que no decorrer do ano as coisas voltem ao normal. Nem precisa que o Brasil se transforme num paraíso, basta apenas que outras desgraças não acontecem – ou então teremos um ano que mal começou e que o Brasil já reza para acabar.

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