sexta-feira, 9 de setembro de 2016

Novas eleições e defesa dos direitos podem emparedar Temer, apontam pesquisadores



 
A defesa pela realização de novas eleições e dos direitos sociais e trabalhistas que sofrem, cotidianamente, ataques da gestão biônica que tomou de assalto o Palácio do Planalto, podem emparedar Michel Temer, é o que avaliam os pesquisadores Esther Solano, professora da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) e Luis Felipe Miguel, professor da UnB (Universidade de Brasília). As declarações foram feitas em entrevista ao El País.
Para a socióloga Esther Solano o mote "diretas já" podem atrair uma parcela da sociedade civil que se considera progressista, mas que não somou forças às manifestações contra o impeachment da presidenta Dilma Rousseff.
Solano indica que "mais forte é a reação contra as medidas de austeridade propostas pelo Governo Temer, como os retrocessos sociais propostos com as mudanças na CLT, por exemplo, que tem uma capacidade de mobilização muito maior".
Na mesma linha, o cientista político Luis Felipe Miguel, professor da UnB (Universidade de Brasília), considera que os pedidos de novas eleições, devem ganhar força nas manifestações. "[Propor novas eleições] É uma forma de desgastar o Governo e lembrá-lo, até 2018, que ele não chegou onde chegou legitimamente", afirmou ele.
Assim como Solano, Miguel vê na reação às reformas propostas por Temer um maior potencial de oposição da sociedade civil.
Ele ainda destacou, como ponto emblemático, o fato de não haver movimentos de apoio ao presidente biônico.  "Não vemos um movimento, mesmo entre os que queriam a Dilma fora, levantando a bandeira de Temer".

Maioria apoia

Pesquisa Datafolha publicada em julho indicou que a convocação de novas eleições teve o apoio de 62% da população. Também em julho, pesquisa da consultoria Ipsos aponta que 52% dos entrevistados apoiam a convocação de um pleito antecipado para outubro, quando já ocorrem as eleições para prefeitos e vereadores em todo o país.

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