A defesa pela realização de
novas eleições e dos direitos sociais e trabalhistas que sofrem,
cotidianamente, ataques da gestão biônica que tomou de assalto o Palácio do
Planalto, podem emparedar Michel Temer, é o que avaliam os pesquisadores Esther
Solano, professora da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) e Luis Felipe
Miguel, professor da UnB (Universidade de Brasília). As declarações foram
feitas em entrevista ao El País.
Para a socióloga Esther
Solano o mote "diretas já" podem atrair uma parcela da sociedade
civil que se considera progressista, mas que não somou forças às manifestações
contra o impeachment da presidenta Dilma Rousseff.
Solano indica que "mais
forte é a reação contra as medidas de austeridade propostas pelo Governo Temer,
como os retrocessos sociais propostos com as mudanças na CLT, por exemplo, que
tem uma capacidade de mobilização muito maior".
Na mesma linha, o cientista
político Luis Felipe Miguel, professor da UnB (Universidade de Brasília),
considera que os pedidos de novas eleições, devem ganhar força nas
manifestações. "[Propor novas eleições] É uma forma de desgastar o Governo
e lembrá-lo, até 2018, que ele não chegou onde chegou legitimamente",
afirmou ele.
Assim como Solano, Miguel vê
na reação às reformas propostas por Temer um maior potencial de oposição da
sociedade civil.
Ele ainda destacou, como
ponto emblemático, o fato de não haver movimentos de apoio ao presidente
biônico. "Não vemos um movimento,
mesmo entre os que queriam a Dilma fora, levantando a bandeira de Temer".
Maioria apoia
Pesquisa Datafolha publicada
em julho indicou que a convocação de novas eleições teve o apoio de 62% da
população. Também em julho, pesquisa da consultoria Ipsos aponta que 52% dos
entrevistados apoiam a convocação de um pleito antecipado para outubro, quando
já ocorrem as eleições para prefeitos e vereadores em todo o país.
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