domingo, 9 de novembro de 2014

O debate sobre a regulamentação dos meios de comunicação precisa entrar na pauta das reformas


Por Professor Thiago Costa

Na prática corriqueira das principais representantes da mídia golpista brasileira, porta voz número 1 dos interesses do capital nacional e internacional, está a degola de reputações de qualquer um que se meta diante de seus interesses.

Assim, para acabar com a reputação de um cidadão considerado opositor, são dedicadas horas e mais horas no rádio, na TV, além bilhões de caracteres na web e em páginas, capas e várias edições de jornais e revistas. No entanto, quando se trata do contrário, na hora de reconhecer o erro e buscar minimizar o mal feito saem pela tangente.

Isso explica as poucas linhas dedicadas, pela Folha, na divulgação do fato da Ex-Ministra da Casa Civil, Erenice Guerra, ter sido inocentada do processo sobre suposto esquema de tráfico de influência na pasta do governo da qual era responsável.

Na época, a Folha e Veja conduziram, em parceria, a fabricação do escândalo que envolvia a o nome de Erenice.



Fica a pergunta: é essa a mídia que queremos?

É notório que, do jeito como está, abre-se espaço para que o papel de grande relevância que a mídia pode cumpri em uma sociedade democrática seja corroído por interesses políticos, mercantis, os quais, com toda convicção, não serve aos anseios da grande maioria dos brasileiros.

Portanto, é preciso, urgentemente, incluir, dentro da pauta do conjunto de reformas que são necessárias para o aprofundamento da democracia brasileira, o debate sobre a ética nos meios de comunicação e de um necessário mecanismo de regulação desse setor.


Não se trata de criar mecanismos de censura, mas, sim, de criar condicionantes capazes de salvaguardar a importância intrínseca a uma imprensa responsável, haja vista o seu caráter de formadora de opinião, de modo que a mesma possa ser motivo de orgulho para aqueles que nela atuam e de mais credibilidade para os que dela se servem. 

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