segunda-feira, 10 de novembro de 2014

Movimentos querem luta internacional por democratização da mídia

Os movimentos socias estão discutindo os temas que serão levados para o Forum Mundial da Mídia Livre,m que acontece no próximo ano na Tunísia. 


Na Tunísia, em março de 2015, os movimentos sociais defendem que a democratização dos meios de comunicação seja apresentada como uma pauta que precisa ser internacionalizada. 

Os movimentos socias estão discutindo os temas que serão levados para o Forum Mundial da Mídia Livre,m que acontece no próximo ano na Tunísia.

Na reunião ocorrida na última sexta-feira (7), a jornalista e ativista da Ciranda Internacional da Comunicação Compartilhada, Rita Freire, explicou que o objetivo é “organizar mais coletivamente a nossa participação em um processo internacional, que tende a devolver ao Brasil a pressão pela democratização da mídia”.

O encontro de mídia livre ocorre junto com o Fórum Social Mundial. Até o fim do ano, os militantes da área de comunicação pretendem colocar em consulta pública um documento que será finalizado no fórum do próximo ano. Para isso, estão sendo feitas reuniões preparatórias como a que aconteceu na sexta-feira.

Para a secretária-geral do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC), Renata Mielli, a democratização dos meios de comunicação é um processo que fica incompleto se for feito isoladamente, apenas no Brasil. “Se nós não tivermos ações políticas internacionais, buscando a garantia de espaços democráticos de comunicação, nós vamos continuar tendo dificuldades internas. Porque o fluxo de informações que chega ao Brasil sobre o mundo é muito desequilibrado”, avaliou.

Na opinião de Renata, o cidadão brasileiro tem dificuldade em ter acesso a informações fidedignas sobre o que se passa em outros países devido aos “filtros ideológicos” dos grandes veículos de comunicação, citando os exemplos das coberturas jornalísticas feitas na Venezuela, na Argentina, no Uruguai. “Isso para falar no continente que nós estamos, mas fora do continente é pior ainda”, disse ao destacar a cobertura jornalística da epidemia de ébola.

Rita Freire criticou ainda a cobertura nacional sobre as atividades dos movimentos sociais. “As agendas do movimento social não são tratadas pela nossa mídia. Quando são tratadas, são distorcidas, os movimentos são criminalizados e aquilo que nós estamos dizendo não é ouvido”, reclamou.

Rita defende uma articulação conjunta para pressionar o Poder Público no sentido de implementar políticas que garantam uma comunicação mais plural.

Da Redação em Brasília
Com Agência Brasil

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