Muitos
de nós, principalmente os que nasceram de 1989 em diante, tem conhecimento
através dos livros e aulas de história, ou ainda de ouras fontes de
informações, da repressão aos movimentos sindicais, sociais, artísticos,
estudantis, entre tantos outros, ocorridos entre os anos de 1964 á 1988, período
em que vigorou a ditadura civil-militar no Brasil.
Pensávamos,
até pouco tempo, que a sombra desse passado nebuloso não mais nos alcançaria,
até que nos depararmos, mais uma vez, dentre as tristes páginas de ciclos
golpistas que caracteriza a história do nosso país, com mais um golpe de
estado.
E
para os que ainda têm dúvida, vejamos apenas alguns exemplos que comprovam o
estado de exceção em que estamos vivendo.
Desde
a votação do impeachment temos tido constantemente informações da violência policial
contra aqueles que têm se colocado a favor da democracia e da defesa de nossas
conquistas sociais e trabalhistas. Recentemente, o STF, comportando-se de forma
extremamente duvidosa, procura impor barreiras e intimidar os movimentos
grevistas.
Porém,
hoje, acordamos com mais uma notícia que, infelizmente, nos deixou cada vez
mais convencido do atual estado de exceção que se inicia.
Durante a apresentação da peça teatral Blitz –
o império que nunca dorme" – da
Trupe Olho da Rua, o ator, produtor e diretor, Caio Martinez Pacheco, foi
agredido, algemado e preso pela Polícia Militar paulista, que agiu o tempo todo
de forma autoritária, sem dialogar com os artistas.
O
objetivo da peça, segundo o grupo teatral, era chamar atenção para a
desmilitarização da polícia e o "exacerbado militarismo como resquício do
período ditatorial", conforme explica Raquel Rollo, produtora e atriz da
peça.
Esse
triste episódio, vivenciado por um grupo teatral, trata-se de um evidente
ataque a um direito sagrado que nos foi garantido pela constituição cidadã de
1988: a liberdade de expressão.
Resta
saber: alguém ainda tem dúvidas do estado de exceção que passamos a viver?
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