segunda-feira, 31 de outubro de 2016

A repressão nua e crua! O estado de exceção cada vez mais evidente!



 Artista foi detido por policiais militares em Santos (Foto: Reprodução)

Muitos de nós, principalmente os que nasceram de 1989 em diante, tem conhecimento através dos livros e aulas de história, ou ainda de ouras fontes de informações, da repressão aos movimentos sindicais, sociais, artísticos, estudantis, entre tantos outros, ocorridos entre os anos de 1964 á 1988, período em que vigorou a ditadura civil-militar no Brasil.

Pensávamos, até pouco tempo, que a sombra desse passado nebuloso não mais nos alcançaria, até que nos depararmos, mais uma vez, dentre as tristes páginas de ciclos golpistas que caracteriza a história do nosso país, com mais um golpe de estado.

E para os que ainda têm dúvida, vejamos apenas alguns exemplos que comprovam o estado de exceção em que estamos vivendo.

Desde a votação do impeachment temos tido constantemente informações da violência policial contra aqueles que têm se colocado a favor da democracia e da defesa de nossas conquistas sociais e trabalhistas. Recentemente, o STF, comportando-se de forma extremamente duvidosa, procura impor barreiras e intimidar os movimentos grevistas.

Porém, hoje, acordamos com mais uma notícia que, infelizmente, nos deixou cada vez mais convencido do atual estado de exceção que se inicia.

Durante a apresentação da peça teatral Blitz – o império que nunca dorme" –  da Trupe Olho da Rua, o ator, produtor e diretor, Caio Martinez Pacheco, foi agredido, algemado e preso pela Polícia Militar paulista, que agiu o tempo todo de forma autoritária, sem dialogar com os artistas.

O objetivo da peça, segundo o grupo teatral, era chamar atenção para a desmilitarização da polícia e o "exacerbado militarismo como resquício do período ditatorial", conforme explica Raquel Rollo, produtora e atriz da peça.

Esse triste episódio, vivenciado por um grupo teatral, trata-se de um evidente ataque a um direito sagrado que nos foi garantido pela constituição cidadã de 1988: a liberdade de expressão.

Resta saber: alguém ainda tem dúvidas do estado de exceção que passamos a viver?


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