Após 25 dias de greve dos professores da rede municipal de ensino de Caicó o prefeito Bibi oferece uma proposta que melhor se define com o termo esmola.
Após a secretaria de administração e de educação ter apresentado ao prefeito uma proposta de reajuste de 5% o mesmo disse que seria inviável e mandou que as mesmas oferecessem apenas 3%. Diante disso, sexta feira passada, Delane (secretária de administração) e Ana Maria (secretária de educação) convocaram uma representação do movimento grevista para expor a proposta.
A comissão recebeu indignada a proposta ridícula e ficou de apresentá-la, nessa segunda feira, a categoria para que fosse avaliada e votada. Nesse meio tempo entra em cena a deputada federal Fátima Bezerra que conversou com Bibi, disse que o valor da proposta era insignificante, além de humilhante.
Fátima propôs que Bibi desse pelo menos 5% e o mesmo tinha se comprometido a se reunir com a secretaria de Administração e de finanças para ver as possibilidades. Depois de todo esse teatro, Bibi afirmou ser impossível um reajuste de 5% e propôs 4%.
Também ficou acordada a formação de uma comissão composta por conselho do FUNDEB, Sindicato e governo municipal para fazer, no prazo de 90 dias, um estudo sobre as condições das finanças da prefeitura levando em consideração os recursos próprios e os repasses do FUNDEB para que, feito isso, se estude a possibilidade de uma nova proposta.
Em assembléia hoje, 04 de abril de 2011, os professores decidiram suspender a greve, rejeitar a proposta de Bibi, e voltar a sala de aula a partir da próxima quarta feira, dia 06 de abril de 2011.
Entramos na luta em pró de melhorias educacionais e do cumprimento do piso salarial que, para esse ano, estabelece um reajuste de 15%. Voltamos as aulas, pois ao contrário do prefeito Bibi temos consideração por nossos alunos e seus pais ou responsáveis. No entanto, repudiamos e dispensamos essa esmola de 4% oferecida pelo prefeito, pois a nossa dignidade vale bem mais do que isso.
Esperaremos o prazo de 90 dias para vermos o resultado do estudo da comissão fiscal que investigará as contas da prefeitura. Após essa investigação esperaremos a apresentação de uma proposta decente, pois caso contrário, teremos que dar continuidade a luta.
Deixamos claro que nós, professores, não temos culpa alguma dessa situação constrangedora, mas, o verdadeiro culpado é a atual gestão municipal que desrespeita a nossa profissão e não demonstram preocupação com o ensino público
Voltamos às aulas sem esses 4% os quais dispensamos por vontade e amor próprio, pois, entendemos que a nossa dignidade não pode ser comprada por esmolas.
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