- Publicado por Robson Pires - Em Notas - 5 abr 2011 - 17:25 -
A Câmara de Caicó esteve reunida nesta terça-feira (05), através do Centro do Estudo e Debates, para discutir o reajuste salarial para os professores da rede municipal. Diante da impossibilidade do Poder Público cumprir o piso salarial nacional da categoria, hoje em R$ 1.187, foi deflagrado um movimento grevista de 40 dias. Mesmo não aceitando o reajuste de 4% proposto pelo Executivo, os docentes retomaram suas atividades.
A reunião contou com a participação da secretaria Ana Maria Oliveira, e sua equipe técnica, e os vereadores Sandoval Silva (proponente da sessão), Leleu Fontes e Almir Filho. “Fizemos simulações, buscando apresentar uma proposta viável à categoria. No dia 1º de abril, nós levamos ao prefeito [Bibi Costa] uma proposta de reajuste de 5% no salário-base do professor, mas ele disse que não tinha condições hoje”, disse Ana Maria. Com a intervenção da deputada federal Fátima Bezerra, esse percentual subiu para 4%.
A partir da segunda quinzena de abril, serão realizadas reuniões nas escolas municipais, para discutir a situação da escola pública com professores, funcionários, pais, governo e sociedade civil organizada. Se o prefeito Bibi Costa nos próximos 90 dias, não acatar as proposições dos resultados dos estudos que serão encaminhados pela comissão, sobre a viabilidade de uma nova política salarial, a greve pode voltar.
“Esperamos que nesse período sejam estudadas formas de angariar os recursos, até mesmo federais, porque não adianta dar o aumento sem recursos”, disse Sandoval.
DO BLOG:
Essa iniciativa veio em má hora e me parece mais uma forma de fazer populismo, pois, se queriam discutir a situação do ensino público de Caicó por que não o fizeram antes da greve ou durante?
Por que esses mesmos vereadores não vieram, durante o período de greve, soma-se a nossa luta?
Nota-se, pela quantidade de vereadores presente no evento, a preocupação daquela casa com a educação de nossa cidade.
Dos vereadores da câmara o único a dar apoio ao movimento foi Claudio Sandegi, o restante tão apenas fazendo média.
Em quê Sandoval se fundamenta para dizer que a prefeitura não tem recursos, ele já investigou? Que eu saiba os estudos da comissão que investigará as finanças da prefeitura ainda vão começar, mas, Sandoval já aparece com respostas?!
E o que se sabe também, através de fontes disponíveis no site do Tribunal de Contas do estado e do Portal de Transparência dos Recursos Federais, é que o governo municipal teria gastado, em 2010, 7 milhões de reais com a educação enquanto teria recebido quase 10 milhões do FUNDEB.
Visto assim, haveria um saldo de quase 3 milhões de reais só dos recursos do FINDEB, sem levar em consideração o fato de que o governo municipal diz gastar 30% dos recursos municipais na educação.
Não estamos acusando ninguém, mas é preciso dizer que essa situação está mal explicada.
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