quarta-feira, 10 de agosto de 2016

Movimentos lançam comitê contra o Escola sem Partido no ABC paulista



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Movimentos sociais, partidos políticos, professores e demais membros da sociedade civil lançaram no sábado (6) o Comitê ABCD Contra a Escola sem Partido. “Somos educadores que estudamos e analisamos a fundo o projeto e buscamos informar a população”, afirmou a professora de sociologia Bruna Sartori, durante evento na subsede do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp), em São Bernardo do Campo.

Para o comitê, “o movimento trás riscos à democracia e à população, quando censura professores dentro das escolas”, completa Bruna, que é uma das coordenadoras da organização. Diversos projetos de lei, em diferentes casas legislativas tramitam pelo país, incluindo a Câmara dos Deputados. A ideia do movimento Escola sem Partido é de que existe suposta “doutrinação” dos professores com os alunos.

“Levaremos esse debate para dentro das escolas de educação básica e também para as universidades. É importante ressaltar que a gente defende a escola pública, mas sabemos dos problemas que existem e é através da democracia que arrumaremos esses problemas”, afirmou Bruna. O comitê pretende organizar aulas públicas em diferentes faculdades. A primeira será realizada na quinta-feira (11), na Universidade Federal do ABC (UFABC), às 17h. Existem planos de levar as aulas para a Faculdade de Direito de São Bernardo e para a Fundação Santo André.


No dia 22 de julho, o Ministério Público Federal (MPF) encaminhou para o Congresso uma nota de repúdio ao projeto, alegando inconstitucionalidade por atentar, entre outras leis e programas, contra a liberdade de cátedra. “O projeto de lei propõe criminalizar professores sensíveis aos temas dos direitos humanos e representa uma grave ameaça ao livre exercício da docência. Também constitui um retrocesso na luta histórica de combate à cultura do ódio, à discriminação e ao preconceito”, afirma o órgão.

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