domingo, 2 de março de 2014

Eu apoio o Mais Educação!




Muitas vezes não dar para parar. O tempo urge, é preciso avançar e, portanto, é preciso que se troquem os pneus com o carro em movimento.

Há tempos que as escolas brasileiras são deficitárias, possuem péssimas estruturas, resultado de anos de arrocho e poucos investimentos em setores voltados para o social, como é o caso da educação.

Não faltam dados estatísticos para comprovar os percentuais medíocres de investimento em educação do período correspondente ao intervalo do governo Collor a FHC. No entanto, da ascensão de Lula em 2002 até o presente momento, em termos percentuais, o Brasil desponta como um dos países que mais tem investido em educação na última década. 

Podemos evidenciar, nesses últimos tempos, a ampliação do acesso à educação em todos os níveis, desde a creche até a pós-graduação. No ensino básico, através do complemento da União ao Fundeb, os investimentos passaram de 500 mil reais em 2003 para mais de 10 milhões em 2012. Através de iniciativas como o Fies e Proune, mais de 2 milhões de estudantes de baixa renda passaram a ter acesso as universidades. Durante o período de governo Lula foram criadas 214 novas escolas federais. Destaca-se, ainda, os Pronatec, que formam milhões de profissionais por ano.  Já o governo Dilma, vem na perspectiva de concluir uma meta de mais 208 escolas federais até o fim desse ano. E no que se refere ao orçamento do MEC, passamos de 33,1 bilhões em 2002 para 86,2 bilhões em 2012.

É claro que ainda há muito a melhorar, principalmente otimizar o percurso desses investimentos até o seu destino, que é as escola. Isso porque sabemos que muita coisa se perde durante o caminho devido a má gestão e a cultura corrupta daqueles que deveriam zelar pelo bom uso dos recursos públicos.

Dentre desses investimentos abro um parêntese para o Programa Mais Educação. Não resta dúvidas de que seria ótimo que todas as escolas tivessem uma estrutura perfeita para o desenvolvimento desse programa. Mas o fato é que, por mais que os governo federal tenha investido sim na construção de novas escolas, muitas ainda permanecem com estruturas precárias.

Porém, por a culpa apenas no governo federal é algo ridiculamente simplista, uma vez que os mandatos verdadeiramente populares, seja nos legislativos municipais, estaduais e federais ou nos poderes executivos de muitos municípios e estados, ainda são bastante restritos. Não está nas mãos de um poder central impor as mudanças que o país precisa, é necessário toda uma coalisão de forças o que, no momento, é praticamente distante, uma vez que tem muitos mandatos a favor de interesses privados.

O fato é que, felizmente, tanto nos dois mandatos de Lula quanto no primeiro de Dilma, para a felicidade de muitos meninos e meninas pobres da periferia da sociedade capitalista dessa nação, tem-se ampliado o numero de escolas beneficiadas por essa proposta do Mais Educação.

Meninos e meninas que poderiam está nas ruas, expostos aos mais diversos riscos, mais que continuam nos espaços escolares. Brincando? Sim! E portanto, simulando situações reais, descobrindo o prazer em atividades educativas: Jornal escola; percussão; jogos de numeramento, jogos de letramento; atividades esportivas.

Meninas e meninas que tem melhorado os seus rendimento escolar, que tem descoberto dons artísticos, esportivos ou que, por sentirem prazer em está na escola, permanecem, continuam seus estudos, concluem e passam a dar respostas as demandas dos espaços onde se inserem.

Destaca-se, assim, aliados aos recursos financeiros e materiais que chagam as escolas por meio desse programa, o compromisso, a vontade de educar, o espírito de humanidade de muitos profissionais que exercem funções de monitorias e coordenação; as esquipes gestoras e pedagógicas das escolas; pessoas que, não se rendendo as dificuldades iniciais, recusam o muro das lamentações, abraçam a causa e caem campo para trazer esperança e mudar o futuro de muitas crianças e adolescentes.

Portanto, reconheço sim, as dificuldades estruturais da escola pública. É preciso otimizar o processo de destinação, fiscalização e aplicação dos recursos públicos voltados para educação. Porém, apoio, sem sombra de duvidas, o Programa Mais Educação.

Que venham novas estruturas. Isso também é preciso. Mas enquanto isso é preciso continuar avançando, ainda que seja preciso trocar os pneus com o carro em movimento.

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