Muitas vezes não dar para
parar. O tempo urge, é preciso avançar e, portanto, é preciso que se troquem os
pneus com o carro em movimento.
Há tempos que as escolas
brasileiras são deficitárias, possuem péssimas estruturas, resultado de anos de
arrocho e poucos investimentos em setores voltados para o social, como é o caso
da educação.
Não faltam dados
estatísticos para comprovar os percentuais medíocres de investimento em
educação do período correspondente ao intervalo do governo Collor a FHC. No
entanto, da ascensão de Lula em 2002 até o presente momento, em termos
percentuais, o Brasil desponta como um dos países que mais tem investido em
educação na última década.
Podemos evidenciar, nesses últimos
tempos, a ampliação do acesso à educação em todos os níveis, desde a creche até
a pós-graduação. No ensino básico, através do complemento da União ao Fundeb, os
investimentos passaram de 500 mil reais em 2003 para mais de 10 milhões em
2012. Através de iniciativas como o Fies e Proune, mais de 2 milhões de
estudantes de baixa renda passaram a ter acesso as universidades. Durante o período
de governo Lula foram criadas 214 novas escolas federais. Destaca-se, ainda, os
Pronatec, que formam milhões de profissionais por ano. Já o governo Dilma, vem na perspectiva de
concluir uma meta de mais 208 escolas federais até o fim desse ano. E no que se
refere ao orçamento do MEC, passamos de 33,1 bilhões em 2002 para 86,2 bilhões
em 2012.
É claro que ainda há muito a
melhorar, principalmente otimizar o percurso desses investimentos até o seu
destino, que é as escola. Isso porque sabemos que muita coisa se perde durante
o caminho devido a má gestão e a cultura corrupta daqueles que deveriam zelar
pelo bom uso dos recursos públicos.
Dentre desses investimentos
abro um parêntese para o Programa Mais Educação. Não resta dúvidas de que seria
ótimo que todas as escolas tivessem uma estrutura perfeita para o
desenvolvimento desse programa. Mas o fato é que, por mais que os governo
federal tenha investido sim na construção de novas escolas, muitas ainda
permanecem com estruturas precárias.
Porém, por a culpa apenas no
governo federal é algo ridiculamente simplista, uma vez que os mandatos
verdadeiramente populares, seja nos legislativos municipais, estaduais e
federais ou nos poderes executivos de muitos municípios e estados, ainda são bastante restritos. Não
está nas mãos de um poder central impor as mudanças que o país precisa, é
necessário toda uma coalisão de forças o que, no momento, é praticamente
distante, uma vez que tem muitos mandatos a favor de interesses privados.
O fato é que, felizmente,
tanto nos dois mandatos de Lula quanto no primeiro de Dilma, para a felicidade
de muitos meninos e meninas pobres da periferia da sociedade capitalista dessa
nação, tem-se ampliado o numero de escolas beneficiadas por essa proposta do
Mais Educação.
Meninos e meninas que
poderiam está nas ruas, expostos aos mais diversos riscos, mais que continuam
nos espaços escolares. Brincando? Sim! E portanto, simulando situações reais,
descobrindo o prazer em atividades educativas: Jornal escola; percussão; jogos
de numeramento, jogos de letramento; atividades esportivas.
Meninas e meninas que tem
melhorado os seus rendimento escolar, que tem descoberto dons artísticos, esportivos
ou que, por sentirem prazer em está na escola, permanecem, continuam seus
estudos, concluem e passam a dar respostas as demandas dos espaços onde se
inserem.
Destaca-se, assim, aliados
aos recursos financeiros e materiais que chagam as escolas por meio desse
programa, o compromisso, a vontade de educar, o espírito de humanidade de
muitos profissionais que exercem funções de monitorias e coordenação; as
esquipes gestoras e pedagógicas das escolas; pessoas que, não se rendendo as
dificuldades iniciais, recusam o muro das lamentações, abraçam a causa e caem
campo para trazer esperança e mudar o futuro de muitas crianças e adolescentes.
Portanto, reconheço sim, as
dificuldades estruturais da escola pública. É preciso otimizar o processo de
destinação, fiscalização e aplicação dos recursos públicos voltados para
educação. Porém, apoio, sem sombra de duvidas, o Programa Mais Educação.
Que venham novas estruturas.
Isso também é preciso. Mas enquanto isso é preciso continuar avançando, ainda
que seja preciso trocar os pneus com o carro em movimento.
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