quarta-feira, 19 de março de 2014

Quem agride quem nessa terra de Caciques?!



Por Professor Thiago Costa

Em entrevista recente sobre a greve do estado e greve nacional, ambas da educação, a secretaria Betânia Ramalho chama a sindicalista Fatima Cardozo de mentirosa.

Ao fazer isso, chama todos professores de mentirosos, uma vez que a dirigente sindical é apenas uma porta voz dos anseios da categoria.

Betânia, afirma ter sido vitima de agressões constantes da categoria e do sindicato.

Cobrar e reivindicar direitos são agressões?!

No entanto, o governo do estado e a secretaria de educação negam direitos aos trabalhadores; com isso, forçam os trabalhadores a entrarem em greve; cortam pontos dos professores; deixa os alunos sem aula; sucateiam as escolas com a sua incompetência de gerir e, por fim, patrocinam uma agressão física contra um trabalhador.

Diga-se de passagem, que a bofetada desferida contra Texeira foi sentida por todos os trabalhadores desse estado.

A secretaria afirma ainda que o sindicato (e por sua vez os professores) não tem respeito ao aluno.

Sejamos claro, trabalhador nenhum gosta de greve. Trabalhador gosta de trabalhar com condições dignas e valorização e, deste modo, reverter seus esforços para o bem estar daqueles que recebem seu serviço.

Quem gosta de greve é o governo, principalmente na educação, é por isso que nega os direitos dos trabalhadores e produzem a precarização das suas condições de trabalho para, contudo, força-los a greve.

E, para um governo conservador, neo-liberal e reacionário como esse a greve é melhor ainda, pois, os alunos, que já perdem com o déficit de professor, com as escolas mal estruturadas, com o fechamento de escolas etc, perdem ainda mais com a falta de aula.

Dessa forma, busca-se brecar o anseio popular por uma formação que vá além dos limites de uma mera produção de mão-de-obra para o mercado, que forme cidadãos críticos e conscientes de seu papel no mundo. Pois, tudo o que mais interessa a esses inimigos do povo é a alienação da sociedade, a manutenção de seus interesses econômicos e de seus status-quo.

Assim, apesar de nossas contribuições serem o suficiente para que o estado financiasse uma educação de primeiro mundo, os nossos alunos são prejudicados, sendo vitimas de mais uma violência, uma vez que tal agressão se constituem na expropriação dos sonhos de um futuro melhor para nossas crianças e adolescentes. Futuro esse que dificilmente se viabiliza sem o acesso a uma educação pública, gratuita, de qualidade e que, por isso, também passa pela questão da valorização do profissional do magistério.
Então, deixemos de hipocrisia! Quem de fato esta sendo agressivo!

O atual governo do estado do Rio Grande do Norte é a própria materialização da violência, agride o trabalhador, a sociedade e todo o povo potiguar com o atual situação de abandono em que nos encontramos.

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