Por Professor Thiago Costa
Em entrevista recente sobre
a greve do estado e greve nacional, ambas da educação, a secretaria Betânia
Ramalho chama a sindicalista Fatima Cardozo de mentirosa.
Ao fazer isso, chama todos
professores de mentirosos, uma vez que a dirigente sindical é apenas uma porta
voz dos anseios da categoria.
Betânia, afirma ter sido
vitima de agressões constantes da categoria e do sindicato.
Cobrar e reivindicar
direitos são agressões?!
No entanto, o governo do
estado e a secretaria de educação negam direitos aos trabalhadores; com isso,
forçam os trabalhadores a entrarem em greve; cortam pontos dos professores;
deixa os alunos sem aula; sucateiam as escolas com a sua incompetência de gerir
e, por fim, patrocinam uma agressão física contra um trabalhador.
Diga-se de passagem, que a
bofetada desferida contra Texeira foi sentida por todos os trabalhadores desse
estado.
A secretaria afirma ainda
que o sindicato (e por sua vez os professores) não tem respeito ao aluno.
Sejamos claro, trabalhador
nenhum gosta de greve. Trabalhador gosta de trabalhar com condições dignas e
valorização e, deste modo, reverter seus esforços para o bem estar daqueles que
recebem seu serviço.
Quem gosta de greve é o
governo, principalmente na educação, é por isso que nega os direitos dos
trabalhadores e produzem a precarização das suas condições de trabalho para,
contudo, força-los a greve.
E, para um governo
conservador, neo-liberal e reacionário como esse a greve é melhor ainda, pois,
os alunos, que já perdem com o déficit de professor, com as escolas mal estruturadas,
com o fechamento de escolas etc, perdem ainda mais com a falta de aula.
Dessa forma, busca-se brecar
o anseio popular por uma formação que vá além dos limites de uma mera produção
de mão-de-obra para o mercado, que forme cidadãos críticos e conscientes de seu
papel no mundo. Pois, tudo o que mais interessa a esses inimigos do povo é a
alienação da sociedade, a manutenção de seus interesses econômicos e de seus
status-quo.
Assim, apesar de nossas
contribuições serem o suficiente para que o estado financiasse uma educação de
primeiro mundo, os nossos alunos são prejudicados, sendo vitimas de mais uma
violência, uma vez que tal agressão se constituem na expropriação dos sonhos de
um futuro melhor para nossas crianças e adolescentes. Futuro esse que
dificilmente se viabiliza sem o acesso a uma educação pública, gratuita, de
qualidade e que, por isso, também passa pela questão da valorização do
profissional do magistério.
Então, deixemos de
hipocrisia! Quem de fato esta sendo agressivo!
O atual governo do estado do
Rio Grande do Norte é a própria materialização da violência, agride o
trabalhador, a sociedade e todo o povo potiguar com o atual situação de
abandono em que nos encontramos.
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