Caros leitores, venho através desse texto externar a minha indignação e constrangimento diante da atitude violenta de alguns policiais contra um amigo meu ontem durante a feirinha do padroeiro do bairro Recreio.
Tudo começou quando teve uma briga entre alguns “valentões”. Nessa hora, o cantor do conjunto musical de Rodolfo Lopes parou e pediu a presença da Polícia Militar.
A briga se estendeu por volta de 10 minutos e a PM não apareceu para conter a fúria dos “machões”.
Durante todo o período da briga, eu, meu amigo Francisco (que também é funcionário público) e seu irmão Mailon (que trabalha numa distribuidora de água mineral) estávamos juntos na mesa, longe e salvo de qualquer confusão.
Após muito tempo de briga, os próprios amigos dos “brigões” conseguiram contê-los.
Passado cerca de uma hora e meia, a PM entra no local da festa, escolhe algumas pessoas para bater, jogar na parede e Revistar. Essas pessoas que foram escolhidas eram pessoas que não estavam dentro dos padrões convencionalmente aceitos como “bem vestido”. Entre esses escolhidos estava o meu amigo Mailon (também conhecido como Totô).
Detalhe, os valentões envolvidos na briga eram pessoas que estavam muito bem vestidas. Por que será então que pessoas tidas como mal vestidas foram quem sentiram o peso do bastão da PM?
Mailon é negro, gosta de usar bermudão, usa brincos. Seriam essas as razões que teriam credenciado o mesmo a apanhar?
Tanto eu quanto Francisco insistimos muito para que Totô não fosse preso injustamente. Tentávamos explicar aos policiais que o mesmo estava conosco no momento da confusão, mas eles não estavam interessados em nos escutar. Quando terminaram de revistar Totô, os policiais pediram para que nós o retirássemos da festa.
Quero deixar claro que não tenho intenção de denegrir a Policia Militar, mas apenas comunicar as autoridades, em especial ao comando dessa instituição, a atitude de alguns policiais.
Infelizmente, saímos da festa com a triste impressão de que Policia e justiça são conceitos que só pesam sobre os mais pobres.
No final das contas, o que vimos foi um trabalhador que pagou para desfrutar de momentos de lazer numa festa, foi humilhado e expulso por aqueles que nós pagamos para nos defender. Um fato triste, lamentável.
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