Qual o perfil do aluno que queremos formar?
Por Evane Pereira
Professor tem que ter luz própria, não é possível que ele pregue a autonomia, a cidadania, que fale de liberdade, sem experimentar o prazer da luta à conquista de seus direitos.
Como ele quer que seu aluno seja feliz, sem demonstrar interesse em por em prática o que diz respeito ao seu profissionalismo?
Como ele quer que seu aluno promova a cidadania, se ele próprio ignorar a situação que se encontra no que diz respeito aos patamares salariais?
Essa classe vem sendo tratada com desrespeito pela grande maioria dos administradores públicos do país.
Para obras de cimento e cal, para uma pincelada de tinta aqui e acolá; sempre há dinheiro. Para um salário digno de quem forma o cidadão brasileiro não há verbas.
O professor tem o direito constitucional de fazer greve e ninguém pode deixar de respeitá-lo por isso. O professor precisa acreditar, para que os seus alunos também acreditem neles e tornem-se seres reflexivos e críticos, para ir ao rumo certo e alcançar os objetivos que almejam.
O professor precisa ser estimulado, precisa ser ouvido, precisa ser reconhecido, precisa ser GENTE, com todas as letras maiúsculas, porque ele é o referencial, é a alma da educação e da escola, é o sujeito mais importante na formação do aluno. É o mestre, o companheiro, o educador... Que missão magnífica é essa? Por isso precisa de salário digno.
Para isso é necessário que todos remem na mesma direção, ainda que contra a maré, se remarem juntos, as possibilidades de chegar a algum porto seguro, são muito maiores.
Com todo respeito que merece a categoria grevista, concluo minhas palavras com um provérbio grego muito significativo para o momento.
“A abelha é honrada porque trabalha não só para ela, mas para todos”.
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