Pesquisa Datafolha revela: 81% dos brasileiros não querem
que Michel Temer continue exercendo a presidência da República até 2018. A
esmagadora maioria (62%) defende novas eleições presidenciais, enquanto 12%
acreditam que a volta da presidente Dilma Rousseff ao cargo seria o melhor para
o País neste momento. Apenas 19% querem que Temer se torne presidente
definitivo e exerça o mandato-tampão até 2018.
Confira, abaixo, os dados:
Este gráfico, no entanto, não foi publicado pela Folha de S.
Paulo no último domingo. Ao contrário disso, a Folha informou que 50% preferem
que Temer continue até 2018, enquanto 32% defendem a volta da presidente Dilma
Rousseff ao poder.
O que explica uma diferença tão grande? O "erro",
"imprecisão" ou "fraude" foi explicado ontem por uma nota
divulgada pela Folha de S. Paulo e por seu instituto. Nela, o jornal informa
que não colocou diante do eleitor, na questão "o que seria melhor para o
Brasil" a hipótese de novas eleições, muito embora tenha levantado, em
outra pergunta, que 62% dos brasileiros defendem a realização de uma nova
disputa eleitoral.
Ou seja: na prática, a Folha eliminou da amostragem de sua
pesquisa que foi divulgada ao público nada menos que 62% dos brasileiros.
Portanto, restariam apenas 38% do total. Se, destes 38%, metade defende que
Temer fique até o final, eles representam apenas 19% da população brasileira
apta a votar. O que significa, em outras palavras, que 81% são favoráveis à
saída do vice-presidente em exercício.
Curiosamente, antes do impeachment, a Folha chegou a
defender, em editorial, a renúncia conjunta de Dilma e Temer, propondo a saída
de novas eleições. O que talvez tenha contribuído para a mudança de postura do
jornal foi o fato de o ex-presidente Lula ter subido em todas as simulações de
voto, passando a liderar isoladamente os cenários de primeiro turno.
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