segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

Situação dos servidores públicos de Caicó não é boa. Paralisações e greves não estão descartadas.




Como já dissemos aqui nesse espaço, vivemos atualmente um momento delicado no contexto internacional, que tem trazido consequências para o âmbito nacional afetando, consequentemente, os vários estados e municípios da federação. A crise mundial do sistema capitalista (que é real), ainda que tardiamente, chega ao Brasil e se agrava nesse cenário de crise política, institucional e diante de fatores climáticos, uma vez que estamos perante uma das piores secas dos últimos cem anos.

Nesse cenário, a crise vira bode expiatório e pretexto para o ataque aos direitos e vencimentos dos trabalhadores de todos os setores, em especial os do serviço público. Desse modo, a crise real se agrava diante das especulações fantasiosas produzidas, compradas e distribuídas gratuitamente por aqueles que apostam no quanto pior melhor, numa clara estratégia utilizada, principalmente por gestores públicos, para justificar seus atos contra os direitos dos servidores.

Tal realidade, verificada em grande parte dos estados e municípios, não tem sido diferente em Caicó. Apesar de alguns pequenos avanços, obtidos nas negociações com a gestão municipal no ano de 2015, ainda há uma expressiva demanda pendente para esse ano de 2016:

Reajuste dos profissionais de nível superior;

Reajuste dos Agentes de Saúde em desvio de função e em reabilitação funcional;

Adicionais de insalubridade a servidores públicos que fazem jus a esse direito;

Gratificações de mudança de nível dos professores;

Melhoramento das condições de trabalho dos profissionais da educação, prejudicada em razão das péssimas condições estruturais das escolas;

Formação da comissão de acompanhamento administrativo do matadouro público conforme orienta o regimento interno implementado no ano passado;

Reivindicações dos vigias;

Reivindicações dos garis e podadores diante das péssimas condições de trabalho, com destaque a morosidade na reposição de equipamentos de trabalho e de EPI;

 
Vale ressaltar que essas demandas acumuladas somam-se as novas demandas próprias de 2016, como o reajuste do salário mínimo e do piso nacional dos professores.

É fato, diga-se de passagem, que o executivo municipal tem tido disponibilidade em sentar com o nosso sindicato e dialogar sobre tais temas. Porém, também é fato que tais diálogos não tem resultado na tomada de decisões efetivas para solucionar tais problemas e no cumprimento dos acordos firmados com o Sindicato e com as categorias dos servidores públicos.

Diante dessa realidade, do alto nível de insatisfação dos trabalhadores dos serviços público de Caicó e da falta de medidas práticas, por parte do executivo municipal, para solucionar tais problemas, 2016 tem apontado para um inicio de ano tenso nas relações entre a gestão desse município e os servidores públicos, inclusive com fortes possibilidades de paralisações e greves.

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