Como já dissemos aqui nesse
espaço, vivemos atualmente um momento delicado no contexto internacional, que
tem trazido consequências para o âmbito nacional afetando, consequentemente, os
vários estados e municípios da federação. A crise mundial do sistema
capitalista (que é real), ainda que tardiamente, chega ao Brasil e se agrava
nesse cenário de crise política, institucional e diante de fatores climáticos,
uma vez que estamos perante uma das piores secas dos últimos cem anos.
Nesse cenário, a crise vira
bode expiatório e pretexto para o ataque aos direitos e vencimentos dos
trabalhadores de todos os setores, em especial os do serviço público. Desse
modo, a crise real se agrava diante das especulações fantasiosas produzidas,
compradas e distribuídas gratuitamente por aqueles que apostam no quanto pior
melhor, numa clara estratégia utilizada, principalmente por gestores públicos,
para justificar seus atos contra os direitos dos servidores.
Tal realidade, verificada em
grande parte dos estados e municípios, não tem sido diferente em Caicó. Apesar
de alguns pequenos avanços, obtidos nas negociações com a gestão municipal no
ano de 2015, ainda há uma expressiva demanda pendente para esse ano de 2016:
Reajuste
dos profissionais de nível superior;
Reajuste
dos Agentes de Saúde em desvio de função e em reabilitação funcional;
Adicionais
de insalubridade a servidores públicos que fazem jus a esse direito;
Gratificações
de mudança de nível dos professores;
Melhoramento
das condições de trabalho dos profissionais da educação, prejudicada em razão
das péssimas condições estruturais das escolas;
Formação
da comissão de acompanhamento administrativo do matadouro público conforme
orienta o regimento interno implementado no ano passado;
Reivindicações dos vigias;
Reivindicações dos garis e podadores diante das péssimas condições de trabalho, com destaque a
morosidade na reposição de equipamentos de trabalho e de EPI;
Vale ressaltar que essas demandas acumuladas somam-se as novas demandas próprias de 2016, como o reajuste do salário mínimo e do piso nacional dos professores.
É fato, diga-se de passagem,
que o executivo municipal tem tido disponibilidade em sentar com o nosso
sindicato e dialogar sobre tais temas. Porém, também é fato que tais diálogos não
tem resultado na tomada de decisões efetivas para solucionar tais problemas e
no cumprimento dos acordos firmados com o Sindicato e com as categorias dos
servidores públicos.
Diante dessa realidade, do alto
nível de insatisfação dos trabalhadores dos serviços público de Caicó e da
falta de medidas práticas, por parte do executivo municipal, para solucionar
tais problemas, 2016 tem apontado para um inicio de ano tenso nas relações
entre a gestão desse município e os servidores públicos, inclusive com fortes possibilidades de paralisações e greves.
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