domingo, 9 de agosto de 2015

Em nota, UJS convoca juventude a ocupar as ruas em defesa da democracia


"A UJS convoca sua militância para ir às ruas no dia 20 de Agosto entendendo que a defesa da democracia passa também por lutar pela retomada do crescimento econômico"




A Comissão Diretora Nacional da UJS, reunida nesta segunda-feira (3) em São Paulo, avaliou o acirrado cenário político do Brasil e tirou um posicionamento claro para o novo capítulo da disputa das ruas previsto para esse mês de agosto. A direita, os neofascistas e a grande mídia, desejosos de um novo golpe político, mobilizam para o dia 16 deste mês. A UJS e diversas organizações do movimento social mobilizam o povo para, no dia 20, fazer a defesa do seu bem mais caro: a democracia.

Não poderia ser diferente. Exatamente nessa data, há 27 anos, a Assembleia Nacional Constituinte aprovava o fim da censura e da tortura. Dois anos antes, entidades como a UNE e a UBES foram retiradas da clandestinidade. Em 1984, nascia a UJS, desde a concepção vocacionada à democracia e entusiasta das lutas pela ampliação dos direitos populares.

Somos herdeiros diretos daqueles que tombaram no Araguaia, vítimas do terrorismo de Estado, por se disporem a lutar por um Brasil justo e democrático. A UJS tem no DNA as marcas de toda uma geração que foi submetida às piores condições de vida por conta de um projeto que espalhou miséria e terror aos que ousavam discordar da condução política dos militares.

Por conta disso, consideramos nefasta a iniciativa odiosa de uma parcela da população contra Dilma, seus aliados, a esquerda e os movimentos sociais. Motivados pela histeria da cobertura da grande mídia, multiplicam-se agressões a pessoas que nutrem simpatia pelos movimentos populares, ataques a sedes municipais e estaduais de partidos de esquerda e expressões neofascistas.

A ponto de, na última quinta-feira (30), explodirem uma bomba na sede do Instituto Lula, o que já pode ser considerado uma das atitudes mais absurdas da história recente da política nacional.

Condenamos as iniciativas de parte da direita de buscar voltar ao poder central do país por meio do tapetão. Contam, para isso, com os excessos da operação “Lava Jato”, cuja condução do juiz Sérgio Moro tem levado à prisão pessoas que se encontram na condição de suspeitas em meio às investigações, como a ocorrida na manhã dessa segunda-feira (3) com José Dirceu.

Nosso país precisa retomar o curso do desenvolvimento nacional, com mais empregos, geração de riquezas, distribuição de renda e justiça social. As empresas nacionais, tanto públicas quanto privadas, são um ponto fundamental nesse sentido. A despeito de investigar esquemas de propinas na Petrobras, a “Lava Jato” levou à prisão executivos das principais empresas que mais se prepararam tecnologicamente para conduzir os empreendimentos ligados ao desenvolvimento nacional, como as obras de expansão da Petrobras. Condenamos todo e qualquer ato de corrupção, no entanto, é preciso resguardar a engenharia nacional e toda a cadeia produtiva por ela desenvolvida.

A ação do consórcio oposicionista tem elevado grau de coesão. Atento a esses movimentos, o tucano José Serra apresentou no Senado um projeto de lei que desobriga a Petrobras ser operadora única e ter a participação mínima de 30% na exploração do pré-sal.


Que os mais ricos paguem pela crise


Defendemos um ajuste fiscal onde os ricos paguem a conta. Os seguidos aumentos da taxa Selic, privilegiam os investimentos no capital especulativo, inibem os investimentos no setor produtivo e aumentam sobremaneira a dívida pública. Defendemos que as saídas mais coerentes para a crise sejam saídas como: a taxação das grandes fortunas e heranças, taxação das remessas de lucros das grandes empresas transnacionais, dos bancos e a repatriação de fortunas não declaradas, mantidas em paraísos fiscais. De uma reforma tributária que tribute as rendas e não o consumo.

A UJS convoca sua militância para ir às ruas no dia 20 de agosto entendendo que a defesa da democracia passa também por lutar pela retomada do crescimento econômico e recolocar o país nos trilhos do desenvolvimento.

Às ruas, numa frente ampla, contra o golpe da direita e por uma agenda de novas conquistas para a juventude e para a classe trabalhadora.

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