A mobilização para a 5ª Marcha
das Margaridas cresce a olhos vistos. As organizadoras garantem que
representantes das mulheres trabalhadoras do campo, da floresta e das águas de
todo o país estarão em Brasília na terça-feira (11) e quarta-feira (12) para levar
ao Congresso Nacional e à presidenta Dilma as reivindicações das brasileiras
para conquistar mais direitos e uma vida digna e sem violência. O Portal CTB
faz um breve giro por alguns estados como um aperitivo do que será o maior
movimento de mulheres do mundo na capital federal. A organização estima que
marcharão em Brasília cerca de 70 mil mulheres.
Alagoas
A comitiva alagoana formada por
mulheres rurais deixa Maceió, no domingo (9), a partir das 16h. As margaridas
de Alagoas estarão lotando dez ônibus cedidos pelo governo do estado. A
comitiva conta ainda com a ajuda da Cese, que foi responsável pela doação da
alimentação que será fornecida as trabalhadoras rurais.
Bahia
A Federação dos Trabalhadores na
Agricultura da Bahia organiza a Marcha no estado e mobiliza as trabalhadoras
rurais para marchar por liberdade e democracia com efetiva participação das
mulheres, em defesa de seus direitos e por políticas públicas construídas com
respeito às diversas identidades, que ajudem na desconstrução de padrões
patriarcais e sexistas, valorizem tradições, culturas, os saberes regionais e
protejam a sociobiodiversidade e o patrimônio genético. Vários ônibus viajarão
para o planalto central levando a alegria e as reivindicações das margaridas
baianas.
Distrito Federal
As organizadoras da Marcha no
Distrito Federal farão panfletagem no aeroporto e na rodoviária de Brasília.
Também prometem acolher e encaminhar as margaridas que chegarão de todos os
cantos doa país. Para a secretária da Mulher Trabalhadora da CTB-DF, Samara
Nunes, “é importante estarmos nesta luta com a Contag. Temos que ir para rua
pedir que as políticas em relação ao gênero avancem. A CTB está mobilizada -
vamos participar dos eixos temáticos, principalmente nas discussões voltadas à
violência contra a mulher”, afirma.
Sessão solene senado margaridas
Além da mobilização das
margaridas, o Congresso Nacional fará na quarta-feira (12), às 11h, uma sessão
solene em homenagem à Marcha das Margaridas. A solenidade acontecerá no
Plenário do Senado Federal. A iniciativa é do deputado federal Odorico Monteiro
(PT-CE) e da senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) e acontece durante o
calendário de mobilizações da Marcha.
Goiás
As goianas já têm uma audiência
marcada com o governador do estado, Marconi Perillo, para entregar-lhe a pauta
de reivindicações da Marcha das Margaridas de 2015. Sandra Pereira de Faria,
secretária de Política Agrícola da Federação dos Trabalhadores na Agricultura
do Estado de Goiás, assegura que Goiás leve cerca de 3 mil margaridas para
Brasília. Ailma Oliveira, presidente da CTB-GO garante que somente a CTB
estadual viaje com quatro ônibus “repletos de alegria, mas com a
responsabilidade de marchar em defesa do Brasil que sempre sonhamos e começamos
a construir em 2003”.
Minas Gerais
A CTB-MG juntamente com a
Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado de Minas Gerais (Fetaemg)
promete levar 20 ônibus, com cerca de duas mil mulheres. A saída será dia 9 às
20h, com os ônibus saindo dos 16 polos sindicais formado pelos municípios de
Paulistana, São Raimundo Nonato, Vale do Gurguéia, Curimatá, Miguel Alves,
Teresina, Esperantina, Picos, Oeiras, Canto do Buriti, Simplício Mendes,
Floriano, Médio Parnaíba, Valença, Piripiri, Campo Maior e Parnaíba. Todos os
ônibus vão se encontrar em Corrente, e daí em diante seguiremos juntos.
De acordo a coordenadora da
Comissão Estadual de Mulheres Trabalhadoras Rurais, Alaíde Bagetto, a Fetaemg,
por meio da Comissão Estadual das Trabalhadoras Rurais, está mobilizando cerca
de 2.500 mulheres para marcar sua participação em 2015. “Às vezes a mulher
ainda é muito dependente do homem. Até pra ela participar, precisa pedir
autorização. Mas aos poucos, devagarzinho, comendo pelas beiradas, a gente
consegue emancipar todas as mulheres. Estamos com a expectativa de ser a maior
delegação de Minas Gerais, com mais de 60 ônibus. Esperamos fazer uma grande
mobilização, para mostrar realmente que, com esta quinta marcha, nós queremos
mesmo é mulher na política, é mostrar que a mulher pode ocupar o lugar que é
dela de fato mesmo”, afirma.
Paraná
Cerca de 450 trabalhadoras do
campo do Paraná se somarão às brasileiras que juntas marcharão, no dia 12 de
agosto, até a Esplanada dos Ministérios em busca de mais respeito e autonomia.
A caminhada faz parte da 5ª Marcha das Margaridas, que acontece a cada quatro anos
em Brasília, coordenada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores na
Agricultura e com a participação de todas as federações filiadas, entre elas a
Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado do Paraná.
Piauí
A Federação dos Trabalhadores na
Agricultura do Estado do Piauí (Fetag-PI) mobiliza uma grande caravana rumo à
5ª Marcha das Margaridas em Brasília. De acordo com a Secretaria Estadual de
Mulheres Rurais da FETAG-PI, Francisca Gilberta (Caçula), o Piauí vai marcar
presença nessa grande ação de massa que é a Marcha das Margaridas.
Rio Grande do Sul
Quinze mulheres ansiosas
reuniram-se essa semana em Putinga, distante cerca de 200 km da capital gaúcha
para receber os chapéus e as camisetas que vão ser usadas na 5º Marcha das
Margaridas, em Brasília, no dia 12 de agosto. Conforme Sônia Bertuzzo,
vice-coordenadora de mulheres da Regional Serra do Alto Taquari, “elas estão
prontas, é só emoção”. Na bagagem, além das roupas, em especial a que vai ser
usada na marcha, um bocado de esperança e a identidade, não apenas o documento.
Elas garantem embarcar com sua
identidade como sujeitas da história que pode evoluir e ser melhorada a cada
dia. A identidade de agricultoras, mulheres guerreiras de todas as raças, cores
e regiões deste imenso Brasil, que carregam sonhos e desejos em comum. Sônia
conta que as mulheres relataram que o medo da viagem é superado pela
expectativa de pisar no chão de Brasília e juntar-se às mulheres de todos os
cantos do país. Serão milhares de gaúchas marchando para o Brasil continuar
avançando.
Rondônia
São mais de 400 mulheres que saem
no domingo (9), em num total de oito ônibus, de todos os cantos do estado,
empoderadas do sentimento de seu protagonismo em apresentar propostas para
avançar na construção da democracia e da igualdade para as mulheres, na
conquista de visibilidade, reconhecimento social e político e cidadania plena.
A secretária de mulheres da
Federação dos Trabalhadores na Agricultura de Rondônia, Izabel de Oliveira,
enaltece a importância da Marcha e seu papel fundamental em grandes conquistas
às mulheres do campo e também da cidade. “A marcha é uma ação estratégica do
Movimento Sindical, que foca o reconhecimento, a liberdade e o respeito às
mulheres trabalhadoras rurais com sua participação no movimento sindical e na
sociedade”.
Santa Catarina
Para a coordenadora estadual de
Mulheres da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado de Santa
Catarina, Agnes Weiwanko, “representar as milhares de mulheres do campo na
Marcha é uma grande responsabilidade. São trabalhadoras rurais que ajudaram a
construir o desenvolvimento de nosso estado, seja no trabalho da roça ou
educando seus filhos, ajudando nas tarefas de casa. Hoje a mulher do campo tem
direitos assegurados e isso se deve a organização sindical e a vontade delas em
se engajar na causa”, disse Agnes convidando as mulheres a conhecer e se
associar a um sindicato filiado a Fetaesc. Ela promete levar ao menos 500
margaridas catarinenses para marchar em Brasília.
São Paulo
Juntamente com a Federação dos
Trabalhadores na Agricultura do Estado de São Paulo a CTB-SP deverão levar pelo
menos três ônibus completamente lotados para marchar na capital federal. A
secretária da Mulher Trabalhadora da CTB-SP, Gicélia Bitencourt, garante que
serão realizados diversos atos públicos na capital paulista “tendo como pauta o
combate a violência contra a mulher e ao racismo. “A violência contra a mulher
é um fenômeno histórico fruto das desigualdades de gênero assim também como, de
classe, etnia, sexualidade e nas relações sociais. Não é possível compreender
essas relações sem analisar o contexto histórico e social”, defende Gicélia.
“Prendemos fortalecer a nossa
lutar através de mobilização e realização de encontros temáticos, divulgação da
Lei 11.340/06, mais conhecida como Lei Maria da Penha, buscando apoio junto a
órgãos específicos de combate a violência de gênero realização de seminários e
debates”, reforça.
UNE também marchará
A direção da União Nacional dos
Estudantes (UNE) promete lotar Brasília com a irreverência da juventude “que
não foge da raia a troco de nada”. Para a diretora de mulheres da UNE, Bruna
Rocha, a Marcha das Margaridas é uma agenda fundamental, pois dá centralidade à
pauta de mulheres historicamente marginalizadas, mulheres campesinas, das águas
e florestas. ‘’ Neste momento difícil que vivemos em nosso país, é
imprescindível ter estas atrizes marchando em Brasília contra a direita
golpista, contra o agronegócio, lutando por mais democracia e justiça social, e
por um novo modelo de produção, sustentável, criativo e solidário, que não
viole nossas vidas e nos inclua no desenvolvimento de nosso Brasil’’, destaca.
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