domingo, 9 de agosto de 2015

Brasília que se prepare, a Marcha das Margaridas vem aí!



 


A mobilização para a 5ª Marcha das Margaridas cresce a olhos vistos. As organizadoras garantem que representantes das mulheres trabalhadoras do campo, da floresta e das águas de todo o país estarão em Brasília na terça-feira (11) e quarta-feira (12) para levar ao Congresso Nacional e à presidenta Dilma as reivindicações das brasileiras para conquistar mais direitos e uma vida digna e sem violência. O Portal CTB faz um breve giro por alguns estados como um aperitivo do que será o maior movimento de mulheres do mundo na capital federal. A organização estima que marcharão em Brasília cerca de 70 mil mulheres.

Alagoas

A comitiva alagoana formada por mulheres rurais deixa Maceió, no domingo (9), a partir das 16h. As margaridas de Alagoas estarão lotando dez ônibus cedidos pelo governo do estado. A comitiva conta ainda com a ajuda da Cese, que foi responsável pela doação da alimentação que será fornecida as trabalhadoras rurais.

Bahia

A Federação dos Trabalhadores na Agricultura da Bahia organiza a Marcha no estado e mobiliza as trabalhadoras rurais para marchar por liberdade e democracia com efetiva participação das mulheres, em defesa de seus direitos e por políticas públicas construídas com respeito às diversas identidades, que ajudem na desconstrução de padrões patriarcais e sexistas, valorizem tradições, culturas, os saberes regionais e protejam a sociobiodiversidade e o patrimônio genético. Vários ônibus viajarão para o planalto central levando a alegria e as reivindicações das margaridas baianas.

Distrito Federal

As organizadoras da Marcha no Distrito Federal farão panfletagem no aeroporto e na rodoviária de Brasília. Também prometem acolher e encaminhar as margaridas que chegarão de todos os cantos doa país. Para a secretária da Mulher Trabalhadora da CTB-DF, Samara Nunes, “é importante estarmos nesta luta com a Contag. Temos que ir para rua pedir que as políticas em relação ao gênero avancem. A CTB está mobilizada - vamos participar dos eixos temáticos, principalmente nas discussões voltadas à violência contra a mulher”, afirma.

Sessão solene senado margaridas

Além da mobilização das margaridas, o Congresso Nacional fará na quarta-feira (12), às 11h, uma sessão solene em homenagem à Marcha das Margaridas. A solenidade acontecerá no Plenário do Senado Federal. A iniciativa é do deputado federal Odorico Monteiro (PT-CE) e da senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) e acontece durante o calendário de mobilizações da Marcha.

Goiás

As goianas já têm uma audiência marcada com o governador do estado, Marconi Perillo, para entregar-lhe a pauta de reivindicações da Marcha das Margaridas de 2015. Sandra Pereira de Faria, secretária de Política Agrícola da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado de Goiás, assegura que Goiás leve cerca de 3 mil margaridas para Brasília. Ailma Oliveira, presidente da CTB-GO garante que somente a CTB estadual viaje com quatro ônibus “repletos de alegria, mas com a responsabilidade de marchar em defesa do Brasil que sempre sonhamos e começamos a construir em 2003”.

Minas Gerais

A CTB-MG juntamente com a Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado de Minas Gerais (Fetaemg) promete levar 20 ônibus, com cerca de duas mil mulheres. A saída será dia 9 às 20h, com os ônibus saindo dos 16 polos sindicais formado pelos municípios de Paulistana, São Raimundo Nonato, Vale do Gurguéia, Curimatá, Miguel Alves, Teresina, Esperantina, Picos, Oeiras, Canto do Buriti, Simplício Mendes, Floriano, Médio Parnaíba, Valença, Piripiri, Campo Maior e Parnaíba. Todos os ônibus vão se encontrar em Corrente, e daí em diante seguiremos juntos.

De acordo a coordenadora da Comissão Estadual de Mulheres Trabalhadoras Rurais, Alaíde Bagetto, a Fetaemg, por meio da Comissão Estadual das Trabalhadoras Rurais, está mobilizando cerca de 2.500 mulheres para marcar sua participação em 2015. “Às vezes a mulher ainda é muito dependente do homem. Até pra ela participar, precisa pedir autorização. Mas aos poucos, devagarzinho, comendo pelas beiradas, a gente consegue emancipar todas as mulheres. Estamos com a expectativa de ser a maior delegação de Minas Gerais, com mais de 60 ônibus. Esperamos fazer uma grande mobilização, para mostrar realmente que, com esta quinta marcha, nós queremos mesmo é mulher na política, é mostrar que a mulher pode ocupar o lugar que é dela de fato mesmo”, afirma.

Paraná

Cerca de 450 trabalhadoras do campo do Paraná se somarão às brasileiras que juntas marcharão, no dia 12 de agosto, até a Esplanada dos Ministérios em busca de mais respeito e autonomia. A caminhada faz parte da 5ª Marcha das Margaridas, que acontece a cada quatro anos em Brasília, coordenada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura e com a participação de todas as federações filiadas, entre elas a Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado do Paraná.

Piauí

A Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado do Piauí (Fetag-PI) mobiliza uma grande caravana rumo à 5ª Marcha das Margaridas em Brasília. De acordo com a Secretaria Estadual de Mulheres Rurais da FETAG-PI, Francisca Gilberta (Caçula), o Piauí vai marcar presença nessa grande ação de massa que é a Marcha das Margaridas.

Rio Grande do Sul

Quinze mulheres ansiosas reuniram-se essa semana em Putinga, distante cerca de 200 km da capital gaúcha para receber os chapéus e as camisetas que vão ser usadas na 5º Marcha das Margaridas, em Brasília, no dia 12 de agosto. Conforme Sônia Bertuzzo, vice-coordenadora de mulheres da Regional Serra do Alto Taquari, “elas estão prontas, é só emoção”. Na bagagem, além das roupas, em especial a que vai ser usada na marcha, um bocado de esperança e a identidade, não apenas o documento.

Elas garantem embarcar com sua identidade como sujeitas da história que pode evoluir e ser melhorada a cada dia. A identidade de agricultoras, mulheres guerreiras de todas as raças, cores e regiões deste imenso Brasil, que carregam sonhos e desejos em comum. Sônia conta que as mulheres relataram que o medo da viagem é superado pela expectativa de pisar no chão de Brasília e juntar-se às mulheres de todos os cantos do país. Serão milhares de gaúchas marchando para o Brasil continuar avançando.

Rondônia

São mais de 400 mulheres que saem no domingo (9), em num total de oito ônibus, de todos os cantos do estado, empoderadas do sentimento de seu protagonismo em apresentar propostas para avançar na construção da democracia e da igualdade para as mulheres, na conquista de visibilidade, reconhecimento social e político e cidadania plena.

A secretária de mulheres da Federação dos Trabalhadores na Agricultura de Rondônia, Izabel de Oliveira, enaltece a importância da Marcha e seu papel fundamental em grandes conquistas às mulheres do campo e também da cidade. “A marcha é uma ação estratégica do Movimento Sindical, que foca o reconhecimento, a liberdade e o respeito às mulheres trabalhadoras rurais com sua participação no movimento sindical e na sociedade”.

Santa Catarina

Para a coordenadora estadual de Mulheres da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado de Santa Catarina, Agnes Weiwanko, “representar as milhares de mulheres do campo na Marcha é uma grande responsabilidade. São trabalhadoras rurais que ajudaram a construir o desenvolvimento de nosso estado, seja no trabalho da roça ou educando seus filhos, ajudando nas tarefas de casa. Hoje a mulher do campo tem direitos assegurados e isso se deve a organização sindical e a vontade delas em se engajar na causa”, disse Agnes convidando as mulheres a conhecer e se associar a um sindicato filiado a Fetaesc. Ela promete levar ao menos 500 margaridas catarinenses para marchar em Brasília.

São Paulo

Juntamente com a Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado de São Paulo a CTB-SP deverão levar pelo menos três ônibus completamente lotados para marchar na capital federal. A secretária da Mulher Trabalhadora da CTB-SP, Gicélia Bitencourt, garante que serão realizados diversos atos públicos na capital paulista “tendo como pauta o combate a violência contra a mulher e ao racismo. “A violência contra a mulher é um fenômeno histórico fruto das desigualdades de gênero assim também como, de classe, etnia, sexualidade e nas relações sociais. Não é possível compreender essas relações sem analisar o contexto histórico e social”, defende Gicélia.
“Prendemos fortalecer a nossa lutar através de mobilização e realização de encontros temáticos, divulgação da Lei 11.340/06, mais conhecida como Lei Maria da Penha, buscando apoio junto a órgãos específicos de combate a violência de gênero realização de seminários e debates”, reforça.

UNE também marchará

A direção da União Nacional dos Estudantes (UNE) promete lotar Brasília com a irreverência da juventude “que não foge da raia a troco de nada”. Para a diretora de mulheres da UNE, Bruna Rocha, a Marcha das Margaridas é uma agenda fundamental, pois dá centralidade à pauta de mulheres historicamente marginalizadas, mulheres campesinas, das águas e florestas. ‘’ Neste momento difícil que vivemos em nosso país, é imprescindível ter estas atrizes marchando em Brasília contra a direita golpista, contra o agronegócio, lutando por mais democracia e justiça social, e por um novo modelo de produção, sustentável, criativo e solidário, que não viole nossas vidas e nos inclua no desenvolvimento de nosso Brasil’’, destaca.

Nenhum comentário: