Para
o ambientalista popular Francisco Elpídio de Medeiros (foto), mais
conhecido como Chico Elpídio, nos próximos 15 anos a região do Seridó
poderá deixar de produzir alimentos que dependem do solo, como por
exemplo, feijão, arroz, milho e demais produtos que estão presentes nas
mesas do seridoense.
O Blog do Marcos Dantas procurou entender
do próprio Chico Elpídio quais os critérios usados para chegar a tal
conclusão. Elpídio explica: “primeiro é o Êxodo Rural, depois a
ausência do jovem nas atividades do campo e depois, a maneira equivocada
como vem sendo tratado o solo seridoense”, disse.
Chico
apresenta um dado preocupante e até então desconhecido da maioria das
pessoas da região. A grande maioria dos homens e mulheres que fazem a
economia rural circular no Seridó ultrapassa os 60 anos de idade, com
uma margem otimista de mais ou menos 10 anos de trabalho, antes de serem
vencidos pelo cansaço físico, a idade e em muitos casos os problema de
saúde.
“Quem vai dar seqüência a nossa agricultura familiar,
que mesmo com todas as dificuldades ainda é quem mantêm as pessoas na
Zona Rural? O jovem não se sente atraído para permanecer morando no
sítio, e isso é um reflexo da falta de políticas agrícolas, isso em
todas as esferas governamentais”, reclama. Para Chico Elpídio, que
nasceu e se criou no Distrito da Palma a ação cruel como se trata o solo
também vem sendo fundamental para a decadência da agricultura. “Uma
roça que produzia 1.600 quilos de feijão, hoje só produz 200 quilos.
Não se trata o solo da forma adequada, e hoje o uso do trator, condenado
por todos os agrônomos, é quem reina na região do Seridó”, destacou.
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