sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Sem avanços nas negociações, greve geral do funcionalismo aumenta.



Sem avanços nas negociações, greve geral do funcionalismo aumenta.

Escrito por: CUT-RN

Sem avanços nas negociações, greve geral do funcionalismo aumenta.
A menos de um mês do prazo final (31/08) para que o governo encaminhe projetos de lei ao Congresso Nacional com previsão orçamentária para 2013, a intransigência nos processos de negociação continua incentivando o reforço na greve geral do funcionalismo. Novas categorias aderiram a paralisação por tempo indeterminado como é o caso da Polícia Federal, dos servidores do Judiciário, fiscais federais da Agricultura, MDA e INCRA. No Executivo outras categorias também manifestam interesse em reforçar a unidade e pressão para garantir a apresentação de propostas do governo e o atendimento das reivindicações mais urgentes dos trabalhadores do setor público. Servidores da Imprensa Nacional pararam atividades por 24 horas interrompendo a publicação da edição do Diário Oficial da União (D.O.U) de quinta (9).

O decreto 7.777/12 é considerado abusivo e uma afronta à democracia e determina a substituição de servidores grevistas por servidores de outras esferas de poder e até mesmo permite a contratação de terceirizados para assumir cargos ocupados por servidores de carreira. Mesmo frente ao bombardeio e inúmeras tentativas do governo Dilma de acabar com a paralisação no setor público a greve só faz aumentar. A grande motivação continua sendo a do atendimento de reivindicações urgentes com apresentação imediata de uma proposta do governo que possa ser analisada pelos servidores em todo o Brasil na busca por um acordo.

As entidades que representam os servidores em greve vão entrar com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADIN) contra o Decreto 7.777/12, na quinta-feira (9), que autoriza a substituição de servidores em greve em diversos setores. As entidades vão protocolar também uma denúncia na Organização Internacional do Trabalho (OIT) contra as atitudes antisíndicas do governo da presidenta Dilma Rousseff na tentativa de acabar com a greve legítima dos servidores públicos. Além disso, as entidades buscam uma reunião com deputados da Frente Parlamentar em Defesa do Serviço Público. O objetivo é buscar ações que possam intermediar e destravar as negociações pelo atendimento das demandas mais urgentes do serviço público.

A reestruturação de carreira continua no topo das prioridades entre os servidores. Esta reivindicação aparece como central para garantir melhores condições de trabalho e manutenção de mão de obra especializada que garanta atendimento de qualidade à população. Hoje, além do grande número de servidores com possibilidade de se aposentar, a evasão de trabalhadores é um dos problemas que precisa ser encarado pelo governo. Caso contrário, em menos de cinco anos pode ocorrer um apagão dos serviços prestados à sociedade.

Para reforçar ainda mais esse movimento de luta e cobrar do governo uma proposta que atenda às reivindicações dos servidores, as entidades com servidores em greve aprovaram um novo calendário de atividades que prevê mais um Dia Nacional de Luta no dia 9 de agosto - repetindo o sucesso do dia 31 de julho - e outro grande acampamento em Brasília na semana de 13 a 17 de agosto. A atividade culminará com uma grande marcha na Esplanada dos Ministérios no dia 17 de agosto.

A greve geral do setor público enfrentado pelo governo Dilma já é uma das maiores na história do movimento de luta dos servidores federais. As buscas por negociação e legalidade da greve viraram até música que tem embalado os protestos em Brasília. Aqui no Rio Grande do Norte a CUT-RN, que vem dando todo o apoio aos Servidores Federais espera que finalmente o governo negocie.

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