A “moda” ou “paranóia coletiva” sobre a “Profecia Maia” não é tão recente. Ela sempre reaparece de tempos em tempos, há pelo menos 20 anos. E sempre causou e causa medo ou apreensão em todo o mundo.
Muito se fala sobre a data e que todos iremos ser destruídos junto com nosso planeta Terra. Porém, não devemos se desesperar, afinal, ainda falta dois anos para a catástrofe. Portanto, continuem a pagar suas contas em dia, ou aparecerá outra desgraça: seu nome no SPC ou Serasa...
Falando sério agora: O Mundo não vai acabar em 2012! A história sobre a Profecia Maia não passa de um fake ou trote. Vamos aos fatos.
A data do fim do mundo apareceu depois das conclusões de um pesquisador americano sobre achados nas ruínas maias localizadas no México. Na época, o pesquisador encontrou dados sobre a organização do calendário usado pelos maias.
Esse calendário foi baseado em precisas observações astronômicas, e se formava num ciclo de 26 mil anos, subdividido em ciclos de 5125 anos. E por sinal, seu último ciclo terminava em 21 de dezembro de 2012. Ponto final. Não havia (e não há) nada que indique que os maias previram essa data como a data do fim do mundo.
A “fatídica” data marca, sim, um alinhamento do sol com um “eixo central” da nossa galáxia, a Via Láctea. Esse “eixo” representava para o povo Maia a “Árvore de Vida”. E, sim, em 21 de dezembro o sol estará exatamente nesse eixo da galáxia. Aliás, esse processo de alinhamento já ocorre desde 1985, confirmando as precisas observações astronômicas dos Maias. Mas a dizer que desse alinhamento ocorrerá o fim do mundo é um tremendo exagero.
Outro ponto bem interessante da questão se refere aos finais dos ciclos no calendário Maia. Sempre que um ciclo de 5125 anos acabava, para eles, Maias, o “mundo” sempre acabava. Mas não no sentido literal, mas num sentido mais “místico”, ou como hoje se especula, no campo da consciência das pessoas.
Além disso, temos que ter em mente que os Maias por mais que pudessem fazer suas precisas observações astronômicas, eles jamais poderiam prever a sociedade moderna e, por conseqüência, jamais poderiam prever seu (no caso, nosso) fim.
Esquecemo-nos também que há uma diferença crucial que também não é levada em conta. Vamos, hipoteticamente, acreditar que os Maias soubessem que 21/12/2012 o mundo fosse realmente acabar. A pergunta é: qual mundo? Os Maias só conheciam um mundo, o deles, logicamente. Assim sendo, se eles estavam certos, a referência seria para o mundo Maia, o único que eles conheciam.
Sem contarmos que há uma diferença enorme no sentido dado a mundo e planeta. Literalmente, podem ser a mesma coisa, mas os Maias não os entediam juntos e de forma literal. Mundo é o que nós conhecemos como “aldeia global”, as pessoas e suas sociedades. Já planeta é o globo terrestre em si. A esfera azul, poeticamente descrita por Yuri Gagarin em 1961.
Assim, a pergunta fica: se os Maias se referiam a idéia de “fim literal” em 21 de dezembro (o que é muito pouco provável), seria o fim de que?
Há quem diga que a idéia de fim dos tempos em 2012 pode ter sido “plantada” por alguém interessado em plantar medo nas pessoas, para melhor controlá-las. Quem seriam os interessados? Os norte-americanos? É possível.
A tese de que a idéia do fim do mundo foi montada se baseia num fato bem curioso: já notaram quantos filmes retratam o apocalipse imediato. E que todos esses filmes se passam em território norte-americano?
As histórias de filmes como “Armagedom”, “Impacto Profundo”, Independency Day”, “Guerra dos Mundos” ou “O Dia Depois de Amanhã” se passam todos em cidades como Nova York. Nesses filmes são expostas as principais formas do possível fim do mundo que já foram previstas como impacto de meteoros, invasões alienígenas e o aquecimento global.
Vendo assim, 2012, tanto o filme quanto o ano, remetem imediatamente a lucros conseguidos através da exploração do medo coletivo da humanidade com seu próprio fim.
Ou seja, não há evidências de que o mundo vá acabar em 2012 nem em outro ano qualquer. Muito provavelmente, nosso planeta irá durar mais tempo do que podemos prever. Portanto, como dito em linhas anteriores, continuem a pagar suas contas e vistam a nossa camisa: “I Believe in 2013 – Eu Acredito em 2013!”
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