Através da Portaria 1.717,
de junho deste ano, o Ministério da Saúde anuncia o descredenciamento de mais
de mil Unidades de Saúde da Família em todo o país, prejudicando mais de 15
milhões de pessoas. “É incrível como o governo golpista ataca todas as mais
importantes conquistas do povo brasileiro”, afirma Elgiane Lago, secretária de
Saúde, licenciada da CTB.
A alegação para o
descredenciamento é a de que essas unidades não cumpriram o prazo estabelecido
pela Portaria de Consolidação de 28 de setembro de 2017 para o cadastramento no
Sistema Cadastro Nacional de Estabelecimento de Saúde.
“Na verdade, desde que tomou
o poder, Michel Temer vem efetuando cortes nas áreas sociais e em programas
vitais para a vida da maioria da população”, acentua Lago.
O Programa Saúde da Família
foi criado em 1994, mas ganhou projeção no governo do ex-presidente Luiz Inácio
Lula da Silva.
Recentemente o desgoverno
fechou as 517 farmácias populares mantidas pelo Ministério da Saúde, mantendo
somente as conveniadas, ou seja, diz Lago, “injeta dinheiro público em empresas
privadas”
Insistentemente anuncia a
extinção do Sistema Único de Saúde (SUS) para substituí-lo por “planos de saúde
mínimos” com atendimento compatível. “Extinguir o SUS é acabar com a saúde de
aproximadamente 90% da população brasileira”, diz a sindicalista gaúcha.
A política de preços de
Temer não afeta somente o gás de cozinha, os combustíveis e a energia elétrica.
Para Lago a autorização para que os convênios médicos reajustem em 10% os
preços, bem acima da inflação denuncia “o caráter elitista desse governo. Isso
prejudica principalmente os idosos, que mais necessitam de atendimento médico”.
“A saúde tem que ser tratada
como um direito e não como gasto por qualquer governo. Nenhuma nação pode
progredir se a sua população estiver doente e a reforma trabalhista somada aos
cortes no orçamento estão adoecendo o povo brasileiro”, conclui Lago.
Portal da CTB
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