Na primeira reunião do ano
com o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, o presidente da Confederação
Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), Roberto Leão, entregou ofício
cobrando uma revisão no percentual definido pelo MEC para correção do piso do
magistério para 2014, que passou para R$ 1.697,37.
Em dezembro de 2013 foi
publicado o reajuste de 8,32% no piso do magistério, que seria o percentual de
crescimento entre os valores do custo aluno dos últimos meses de 2012 e 2013.
Entretanto, a previsão de atualização era de 19% e dados já consolidados do
Fundeb até novembro apontavam crescimento do valor mínimo de aproximadamente
13%.
A CNTE discorda do índice
reduzido e, de acordo com Leão, considera graves os sucessivos artifícios
promovidos nas contas do Fundeb, que além de prejudicarem a valorização dos
profissionais do magistério, ainda colocam em descrédito a própria política de
financiamento da educação básica.
Mercadante se comprometeu a
encaminhar o documento para análise do Tesouro Nacional, mas reforçou que o
Brasil vive um cenário de queda de receita e de desaceleração da economia,
sendo que “a previsão para o PIB era de um crescimento de 4,5%, mas ficou em
2,3%”. Segundo ele, a trajetória de crescimento de salário e valorização do
professor é superior a das demais categorias do serviço público.
Roberto Leão avisa que os
trabalhadores em educação vão organizar uma grande mobilização nacional em
defesa da valorização da categoria: “Nós vamos apresentar a proposta de
mobilização no nosso 32° Congresso Nacional, que vai reunir mais de 2.500
delegados em Brasília nos dias 16 a 19/1, para exigir que esse percentual seja
revisto e também para garantir que o PNE seja um plano nacional que atenda de
verdade as necessidades da educação pública brasileira”
Fonte:CTB
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