Antes de serem culpadas, a
maior parte das crianças e adolescentes são vitimas, e isso não é demagogia, é
fato que pode ser constatado a olho nu por qualquer observador responsável. Se
a escola, a família e a sociedade não educam as ruas estão aí para oferecer
todos os tipos de educação.
Some-se a isso o fato de
trata-se de ruas de um mundo perverso, produto de um modelo socioeconômico que não
tem sido capaz de oferecer condições dignas de vida e de acessão social a uma
significativa cifra de seres humanos que são colocados a margem desse sistema.
Apesar de vivermos os encantamentos
de uma época de avanços científicos, tecnológicos e de uma considerável
ampliação das liberdades individuais nos países democráticos ainda convivemos
com o afavelamento, mendicância, analfabetismo, criminalidade, pobreza extrema
e tudo isso se reflete na família, isto é, quando estás existem para crianças e
adolescentes.
Não podemos esquecer que as
condições imposta pelo ritmo de vida e princípios éticos desse modelo sócio econômico
em que vivemos faz com que até mesmo os filhos de pessoas mais abastardas não
estejam totalmente a salvo, pois, o que temos visto através da mídia é a
participação de jovens de famílias ricas e filhos de celebridades em práticas
de crimes, inclusive, crimes hediondos.
Assim a criança se torna
adolescente e adulto vivendo em meio a diversos tipos de violência econômica,
social, física, sexual e moral. Sinceramente, não é de novas cadeias para
menores de idade que precisamos. O que realmente necessitamos – estado, família
e sociedade – é de assumirmos coletivamente essa culpa e buscar cuidar direito
dos nossos filhos.
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