domingo, 16 de junho de 2013

Sobre a redução da maior idade penal




Antes de serem culpadas, a maior parte das crianças e adolescentes são vitimas, e isso não é demagogia, é fato que pode ser constatado a olho nu por qualquer observador responsável. Se a escola, a família e a sociedade não educam as ruas estão aí para oferecer todos os tipos de educação.

Some-se a isso o fato de trata-se de ruas de um mundo perverso, produto de um modelo socioeconômico que não tem sido capaz de oferecer condições dignas de vida e de acessão social a uma significativa cifra de seres humanos que são colocados a margem desse sistema.

Apesar de vivermos os encantamentos de uma época de avanços científicos, tecnológicos e de uma considerável ampliação das liberdades individuais nos países democráticos ainda convivemos com o afavelamento, mendicância, analfabetismo, criminalidade, pobreza extrema e tudo isso se reflete na família, isto é, quando estás existem para crianças e adolescentes.

Não podemos esquecer que as condições imposta pelo ritmo de vida e princípios éticos desse modelo sócio econômico em que vivemos faz com que até mesmo os filhos de pessoas mais abastardas não estejam totalmente a salvo, pois, o que temos visto através da mídia é a participação de jovens de famílias ricas e filhos de celebridades em práticas de crimes, inclusive, crimes hediondos.


Assim a criança se torna adolescente e adulto vivendo em meio a diversos tipos de violência econômica, social, física, sexual e moral. Sinceramente, não é de novas cadeias para menores de idade que precisamos. O que realmente necessitamos – estado, família e sociedade – é de assumirmos coletivamente essa culpa e buscar cuidar direito dos nossos filhos.

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