sexta-feira, 21 de junho de 2013

Considerações sobre a onda protestos no Brasil

Os partidos existem para que, através deles, o povo possam ter representações. Agora em politica é assim, quando alguém não ocupa um espaço alguém vem e ocupa. Não existe espaço vazio na politica.

Agora eu pergunto aos que acham que não são necessários partidos políticos: algum de vocês já buscaram ocupar espaço em um partido? Já entraram em um partido e buscaram contribuir com suas ideias ainda que tivessem que bater de frente com aqueles que pensam o contrario?

Se aqueles que se consideram bons não se despuseram a ocupar esses espaços os maus políticos irão ocupar. Não tem como haver politica, num país democrático, sem representações.

Também não se podem dispensar os movimentos sociais, os sindicatos, as lideranças estudantis e nem qualquer outra entidade onde o povo esteja representado. Muito menos se pode negar a palavra a essas entidades e pessoas. Não podemos generalizar a politica, dizer que nenhum politico presta, nenhum partido presta. E podemos sim, se quisermos nos utilizar de argumentos simplista, sem consistência e repetitivos.

Só vejo duas maneiras de se resolver os conflitos humanos. Uma é através da política, que envolve dialogo, argumentos consistentes e convincentes, debate, concordâncias, discordâncias e acordos. Outra é através da força, que envolve violência, uso de armas, guerras, revolução.

Alguém está realmente disposto a uma luta armada? Eu prefiro a politica, que envolve representação, seja em sindicatos, movimentos estudantis, movimentos sociais, ONG’s e, com todo respaldo e legitimidade, os “abomináveis partidos”.

Afinal, se o movimento é do povo como se está dizendo, por que exclui aqueles que representam as bandeiras de lutas populares? E quando eu falo em bandeiras não estou falando de partidos ou movimentos sociais, apenas.

Quando falo em bandeiras de lutas, me refiro às lutas por uma universidade para todos, pelas cotas daqueles historicamente marginalizados, por um serviço publico (educação, saúde, segurança, infraestrutura) de qualidade, por uma reforma agraria e tantas outras reformas de base que esse país carece.

Quero dizer que defendo as bandeiras que estão sendo levantadas, as reivindicações são justas. Mas precisamos ter cuidado: queremos voltar aos governos conservadores, neoliberais, de Collor e FHC? Queremos a volta da inflação que chegou não ao patamar atual de 5%, mas, sim, aos 85% daquele período de governos retrógrados? Afinal, para onde se quer ir?

Afirmo que as reivindicações que estão sendo levantadas já vem há muito tempo sendo defendidas por movimentos sociais e partidos progressista desse país. Essa luta não deve ser propriedade de ninguém, deve ser obra de todos aqueles que se coloquem a disposição da mudança.


Pra concluir, Defendo sim o movimento que por hora acontece, mas, sem anarquismo ou fascismo. Defendo um movimento politico, democrático, aglutinador das forças progressista em torno da construção de um projeto de país mais justo, mais igual, mais humano, um Brasil para todos os brasileiros.

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