sexta-feira, 30 de dezembro de 2011
Sai o pagamento do restante dos professores de Caicó.
quarta-feira, 28 de dezembro de 2011
AINDA DAR TEMPO PARA MELHORAR O PRESENTE DE GREGO
sábado, 17 de setembro de 2011
Vai Cair...
Isso mesmo. Um satélite! Lixo espacial. Quer dizer, lixo hoje, porque quando foi lançado em 1991 pelo ônibus espacial Discovery, o satélite meteorológico UARS era uma jóia. Uma belezinha saindo do forno. Mas, no final de semana que vem, o UARS vai entrar em um forno.
A NASA divulgou ontem que o satélite desativado irá realmente cair. O problema é que ninguém sabe, exatamente, onde ele poderá cair. O que se sabe é a área do planeta onde ele pode atingir a superfície do planeta. Essa área está destaca da no mapa abaixo:
A expectativa é que, ao reentrar na atmosfera, boa parte do satélite UARS se desintegre devido ao atrito com o ar. O grande problema é que poderão ainda resistir a essa desintegração pedaços do satélite de até 150 kg. E um bólido de 150 kg caindo céu abaixo provoca um estrago e tanto.
O Brasil está na área possível da queda do satélite – o que é absolutamente normal, pois o Brasil, desde que foi eleito sede da Copa do Mundo de 2014 está em absoluta evidência nos eventos mundiais, e nesse caso, não seria diferente.
Bem, para nós brasileiros, fica uma estatística favorável. Já aconteceram quedas de objetos do espaço, como o SkyLab em 1979 e a antiga estação espacial russa Mir em 2001. Nesses eventos não foram registrados nenhuma vítima.
Até a própria NASA fez o favor de calcular a probabilidade de alguém na Terra ser atingido por um pedaço de lixo espacial: 1/3200 (uma chance em três mil e duzentas).
Vamos admitir: estatisticamente falando, a probabilidade é realmente baixa, Contudo, porém, todavia, entretanto, se você estiver caminhando ao ar livre entre a sexta-feira e o sábado que vem (23 e 24 de setembro), lembre-se de uma coisa: se alguém olhar para o céu e vir algo caindo, não pergunte se é um pássaro, um avião, ou se é o super homem.
P.S. Embora eu confie em estatísticas, já marquei uma viagem para o norte do Canadá, para ver a aurora polar, essas coisas. Estar no norte canadense no final de semana próximo, me garantirá escrever a postagem sobre a queda do satélite... Fui!
terça-feira, 13 de setembro de 2011
A Gente Já Sabia...
Foi divulgado o resultado do ENEM – Exame Nnacional do Ensino Médio – realizado esse ano. E esse resultado apenas comprovou o que já sabíamos: falta muito, mais muito mesmo, para que o Brasil tenha uma educação digna.
Esse ano o governo dividiu o resultado das escolas pela porcentagem de participação de cada uma delas. No grupo das escolas nas quais a participação dos alunos foi de 75%, das primeiras 100 escolas, apenas 13 são escolas públicas. E exceção feita as 3 escolas militares, todas as outras 84 são privadas.
É aquele resultado que deixa qualquer cidadão medianamente instruído preocupado com duas coisas: com o atual nível de ensino dos nossos jovens e, em segundo lugar, com o futuro do país.
Levando-se em consideração que a falta de investimento em estrutura, pessoal e em um plano salarial decente para os profissionais da educação resultam em um nível de ensino público medíocre como esse indicado pelo ENEM, devemos inferir que o futuro do país estará entregue ao acaso, ou ao Cristo Redentor ou aos deuses astronautas.
E, logo agora, quando o Brasil descobriu que a partir de agora, será necessário a formação de profissionais em setores extremamente importantes para a nação nos próximos anos, como o setor petrolífero e da construção civil.
Ficamos a nos perguntar: será que a educação nacional, no estado em que está, será capaz de prover os futuros profissionais necessários para esses setores? Fica evidente que não. As grande parte das escolas públicas, hoje, não são capazes de instruir alunos capazes de se aprovarem nos vestibulares.
Não é culpa das escolas, nem dos profissionais ali locados, e muito menos, do governo atual ou do seu antecessor imediato. O problema é que no Brasil, nunca, eu disse, nunca a educação foi levada a sério. Por ninguém! E o pior é que mesmo se investimentos sérios forem iniciados agora, os resultados só serão vistos daqui a 20, 30 anos.
A perspectiva de esperar tanto tempo acaba assustando muita gente. Entretanto, é melhor torcer que daqui a 20 ou 30 anos, eu possa escrever outro texto dizendo que a educação está em um nível melhor do que imaginar que a solução será alcançada depois de algum tipo de maquiagem fajuta, cujas quais, os governos, ao longo do tempo, se tornaram especialistas.
domingo, 11 de setembro de 2011
Concurso para professor estadual do RN oferecerá 3,5 mil vagas e edital pode sair em outubro
As vagas do concurso da rede estadual serão distribuídas por polos de ensino, e não por cidades, com ocorria anteriormente. Serão cinco polos, correspondentes a todas as Direds do Estado. "Em concursos anteriores, o candidato aprovado não poderia sair da cidade na qual foi aprovado, antes de concluir seu estágio probatório. Agora os professores poderão se deslocar para os municípios que fazem parte do polo ao qual está vinculado é uma forma de facilitar essa possível transferência", destaca Rômulo Arnauld.A empresa que executará o processo seletivo já foi contratada e, segundo o diretor regional do Sinte-RN, a previsão é que o edital do concurso seja lançado entre o final deste mês e o início de outubro. "Agora estão sendo resolvidas as questões burocráticas e acreditamos que até o fim do ano as provas sejam aplicadas e os professores aprovados estejam em sala de aula já no início do ano letivo de 2012, que devido a greve será iniciado somente em março", conclui Rômulo Arnauld.
terça-feira, 6 de setembro de 2011
CANTIGA ALADINENSE (OU O MESTRE ENCANTADO)
Pra falar nesta data especial,
Hoje eu falo cantando contra o mal,
Que corroe, arrebenta a auto-estima.
Com a viola decanto prosa e rima,
Celebrando um dia diferente,
Minha arma é o verso contundente,
Que ilumina e desfaz o nó atado,
Quem me dera ver meu país mudado,
E o mestre vivendo plenamente.
Precisei voar alto, qual condor,
Que liberto nos Andes corta o céu,
Tive que encarnar um menestrel,
Pra botar na minh’alma tanto amor.
Arranquei pranto, mágoa, até a dor,
Pra viver uma jornada incandescente,
E poder partilhar com minha gente,
Os preceitos de Deus contra o pecado,
Quem me dera ver meu país mudado,
E o mestre vivendo plenamente.
No “Aladim”, que é a casa da razão,
Já se fala o idioma aladinense,
Construindo até peça forense,
Pra defesa de nossa posição.
Enfrentar com grandeza a humilhação,
Desfazendo o destino de indigente,
E trazer todo aluno consciente,
Para abraçar o professor marcado,
Quem me dera ver meu país mudado,
E o mestre vivendo plenamente.
Aqui vejo o pão que é fraternura,
O cuscuz, queijo, suco de acerola,
Iogurte, feijão, café da hora,
Macarronada, salada, rapadura.
A tristeza vai embora, a tontura,
Com o riso que brota insistente,
Professor é sofrido, mas valente,
Mesmo diante da lei do pão negado,
Quem me dera ver meu país mudado,
E o mestre vivendo plenamente.
Se o saber não for visto com desdém,
E o irmão lá de fora entender,
Que governo não existe pra bater,
Humilhar e nem constranger ninguém.
A ordem dura e indecente jamais vem,
Maltratando quem está no batente,
Pra punir quem trabalha, honestamente,
O projeto do aluno preparado,
Quem me dera ver meu país mudado,
E o mestre vivendo plenamente.
Como é triste um governo desgovernante,
Que usa a força pra poder convencer,
Não escuta o justo parecer,
De mercador, faz ouvido ao ensinante.
Não se trata do Inferno de Dante,
Mas da infâmia do pão que é proibido
Vai pro lixo o que não foi repartido.
Custa ver o professor desprezado,
Quem me dera ver meu país mudado,
E o mestre vivendo plenamente.
Liberdade, ainda que tardia,
Este o lema do grupo inconfidente,
Que em Minas fizera o diferente,
Enfrentando o descaso, a covardia,
Faz Palmares, Canudos, hoje em dia,
Aquecer todos nós, as nossas almas,
Com Severinos, Antônios, bater palmas
Construindo um marco inusitado,
Quem me dera ver meu país mudado,
E o mestre vivendo plenamente.
Vou fazer uma oração ao Pai Eterno,
Suplicar força, garra e vigor,
Dissipar todo medo, o temor,
Tão presentes no mundo moderno.
Que a oração não ressoe só no externo,
Mas penetre o coração da gente,
E renove, como antigamente,
O poder de um povo organizado,
Quem me dera ver meu país mudado,
E o mestre vivendo plenamente.
RONALDO CARLOS DANTAS DE SOUZA
Prof. de Filosofia
Escola Estadual Antônio Aladim
Caicó-RN