

Isso mesmo. Um satélite! Lixo espacial. Quer dizer, lixo hoje, porque quando foi lançado em 1991 pelo ônibus espacial Discovery, o satélite meteorológico UARS era uma jóia. Uma belezinha saindo do forno. Mas, no final de semana que vem, o UARS vai entrar em um forno.
A NASA divulgou ontem que o satélite desativado irá realmente cair. O problema é que ninguém sabe, exatamente, onde ele poderá cair. O que se sabe é a área do planeta onde ele pode atingir a superfície do planeta. Essa área está destaca da no mapa abaixo:
A expectativa é que, ao reentrar na atmosfera, boa parte do satélite UARS se desintegre devido ao atrito com o ar. O grande problema é que poderão ainda resistir a essa desintegração pedaços do satélite de até 150 kg. E um bólido de 150 kg caindo céu abaixo provoca um estrago e tanto.
O Brasil está na área possível da queda do satélite – o que é absolutamente normal, pois o Brasil, desde que foi eleito sede da Copa do Mundo de 2014 está em absoluta evidência nos eventos mundiais, e nesse caso, não seria diferente.
Bem, para nós brasileiros, fica uma estatística favorável. Já aconteceram quedas de objetos do espaço, como o SkyLab em 1979 e a antiga estação espacial russa Mir em 2001. Nesses eventos não foram registrados nenhuma vítima.
Até a própria NASA fez o favor de calcular a probabilidade de alguém na Terra ser atingido por um pedaço de lixo espacial: 1/3200 (uma chance em três mil e duzentas).
Vamos admitir: estatisticamente falando, a probabilidade é realmente baixa, Contudo, porém, todavia, entretanto, se você estiver caminhando ao ar livre entre a sexta-feira e o sábado que vem (23 e 24 de setembro), lembre-se de uma coisa: se alguém olhar para o céu e vir algo caindo, não pergunte se é um pássaro, um avião, ou se é o super homem.
P.S. Embora eu confie em estatísticas, já marquei uma viagem para o norte do Canadá, para ver a aurora polar, essas coisas. Estar no norte canadense no final de semana próximo, me garantirá escrever a postagem sobre a queda do satélite... Fui!
Foi divulgado o resultado do ENEM – Exame Nnacional do Ensino Médio – realizado esse ano. E esse resultado apenas comprovou o que já sabíamos: falta muito, mais muito mesmo, para que o Brasil tenha uma educação digna.
Esse ano o governo dividiu o resultado das escolas pela porcentagem de participação de cada uma delas. No grupo das escolas nas quais a participação dos alunos foi de 75%, das primeiras 100 escolas, apenas 13 são escolas públicas. E exceção feita as 3 escolas militares, todas as outras 84 são privadas.
É aquele resultado que deixa qualquer cidadão medianamente instruído preocupado com duas coisas: com o atual nível de ensino dos nossos jovens e, em segundo lugar, com o futuro do país.
Levando-se em consideração que a falta de investimento em estrutura, pessoal e em um plano salarial decente para os profissionais da educação resultam em um nível de ensino público medíocre como esse indicado pelo ENEM, devemos inferir que o futuro do país estará entregue ao acaso, ou ao Cristo Redentor ou aos deuses astronautas.
E, logo agora, quando o Brasil descobriu que a partir de agora, será necessário a formação de profissionais em setores extremamente importantes para a nação nos próximos anos, como o setor petrolífero e da construção civil.
Ficamos a nos perguntar: será que a educação nacional, no estado em que está, será capaz de prover os futuros profissionais necessários para esses setores? Fica evidente que não. As grande parte das escolas públicas, hoje, não são capazes de instruir alunos capazes de se aprovarem nos vestibulares.
Não é culpa das escolas, nem dos profissionais ali locados, e muito menos, do governo atual ou do seu antecessor imediato. O problema é que no Brasil, nunca, eu disse, nunca a educação foi levada a sério. Por ninguém! E o pior é que mesmo se investimentos sérios forem iniciados agora, os resultados só serão vistos daqui a 20, 30 anos.
A perspectiva de esperar tanto tempo acaba assustando muita gente. Entretanto, é melhor torcer que daqui a 20 ou 30 anos, eu possa escrever outro texto dizendo que a educação está em um nível melhor do que imaginar que a solução será alcançada depois de algum tipo de maquiagem fajuta, cujas quais, os governos, ao longo do tempo, se tornaram especialistas.