sexta-feira, 18 de junho de 2010

Leleu e Rosano Taveiras: malucos ou homens a frente de seu tempo?


Quando o vereador caicoense Nilson Fontes (Leleu) lançou um projeto na câmara municipal propondo a distribuição gratuita de Viagra para os que necessitassem de tratamento para disfunção erétil foram muitas as vozes que o ridicularizaram.

Confesso que, pessoalmente, diante de tantos problemas que afetam a população de Caicó, tal projeto estava, a meu ver, longe de ser uma prioridade.
No entanto, outras autoridades políticas têm demonstrado afinidades com o pensamento do político caicoense. A última personalidade política que tem se destacado ao defender a idéia de distribuição gratuita do Viagra, em projeto semelhante ao do vereador Leleu (PDT), foi o vereador de Parnamirim-RN, Rosano Taveiras, que recentemente virou notícia na revista Veja.

Seriam mesmo os dois vereadores norte-rio-grandenses malucos? Ridículos? Dignos de atestado de insanidade mental?
Antes de um julgamento precipitada vejamos o que diz o Ministro da saúde do governo Lula, José Gomes Temporão:
“Fazer sexo ajuda. Dancem, façam sexo, mantenham o peso, mudem o padrão alimentar. Atividade física regular é fundamental. E, principalmente, meçam sua pressão arterial com regularidade”
A citada frase foi proferida pelo Ministro da saúde durante o lançamento da campanha nacional de hipertensão. Como podemos perceber, entre as várias medidas que combatem a hipertenção e ajudam na manutenção de uma vida saudável, aparece o hábito de praticar sexo.
Realmente, analisando com cautela, muitas das pessoas que são rancorosas, mal humoradas, chatas são indivíduos que não amam, que não tem um bem querer, que não fazem amor.
Será que entre a lista de itens que caracterizam as condições básicas para que se tenha uma boa qualidade de vida – educação, saúde, moradia, saneamento básico – não poderíamos incluir o sexo?
Se sexo é saúde e esta é qualidade de vida então a respostas seria sim.
Se justiça social é garantir a todos o mínimo de igualdade, é justo um país aonde o idoso rico pode se tratar do problema de ereção enquanto o pobre não pode?
Pensando por esse lado, ao invés de tachar Leleu e Rosano de malucos ou ridículos, seria mais justo reconhecermos a coragem e a ousadia em defender, pioneiramente, uma tese tão polêmica e inovadora.


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