Caminhoneiros paralisam
rodovias em 17 estados do país nesta segunda-feira (21) em protesto contra os
sucessivos aumentos nos preços do diesel. A categoria já havia avisado sobre a
realização da greve caso não fossem atendidas algumas reivindicações
apresentadas ao governo federal.
Entre outros pontos, os
caminhoneiros pedem a redução da carga tributária sobre o diesel, com redução
da alíquota de PIS/Pasep e Cofins e a isenção da Cide (Contribuição de
Intervenção no Domínio Econômico). A paralisação foi convocada pela Associação
Brasileira dos Caminhoneiros (Abcam).
Nos últimos 12 meses, o
diesel subiu 15,9% no posto. O aumento é resultado da nova política de preços
adotada pela Petrobras, que repassa para os combustíveis a variação da cotação
do petróleo no mercado internacional, para cima ou para baixo.
Em alguns estados, o valor
do diesel atinge 60% do frete pago pelo contratante do serviço. Para o
presidente do Sinditac de Minas Gerais, Antônio Vander Silva Reis, que está
acompanhando os protestos no estado, o que tem sido cobrado de combustível está
inviabilizando o trabalho dos caminhoneiros.
"Hoje o combustível já
está ultrapassando em 60% o valor do frete”, disse ele ao jornal Estado de
Minas, explicando que o impacto na atividade de quem trabalha com fretes é
enorme, pois o preço pago pelos contratantes dos serviços não mudou. Logo, se
um motorista pega um serviço de transporte de mercadoria por R$ 1000, R$ 600
são destinados somente ao combustível.
Uma reunião com ministros no
final do dia, no Palácio do Planalto, deve discutir o assunto. E apesar dos
protestos de hoje, a Petrobras anunciou um novo aumento no preço do diesel e da
gasolina nas refinarias.
FONTE: Portal CTB com agências - foto: Paulo Filgueiras / EM / D.A. Press
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