Por professor Thiago Costa
Na noite de ontem, dia 15 de
agosto de 2014, sexta feira, tive um momento de alegria e descontração com os
meus amigos interrompido por um telefonema de minha irmã dando conta de um ato
criminoso contra o caminhão do meu pai.
Atearam fogo no caminhão que
era o instrumento de trabalho do meu pai, com o qual ele ganhava a vida de
forma honesta e digna. Mais do que isso, atearam fogo no suor de um
trabalhador, em todo o esforço que o mesmo havia feito através de uma vida de
trabalho para materialização do desejo de ser dono de seu próprio caminhão.
Penso que estamos caminhando
para um abismo, um estado de pavor e descredito, pois a todos os dias somos
sacudidos pelas mais absurdas noticias de vandalismo e crimes dos mais
diversos, muitos dos quais com requintes de crueldade. Porém, mesmo assim
prefiro continuar a acreditar que não é responsabilidade do cidadão a formação
de milícias paramilitares, construção de fortalezas e criar clausuras rodeadas
de cercas elétricas para prover a própria segurança.
Sabedor que sou do estado de
insegurança que tem tomado conta da nossa cidade, aliás, do nosso país, agora
sinto na pele, junto com meus familiares, os efeitos da falta de políticas públicas
eficientes para esse setor.
Mas apesar de ter ciência de
tal realidade, e da revolta que por hora me instiga os instintos mais
animalescos, ainda quero acreditar que devemos nos manter, apenas, ao papel de cobrar
ao estado brasileiro a responsabilidade de prover as condições de segurança
para o nosso povo.
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