terça-feira, 21 de junho de 2011

PRAZO DADO A BIBI COSTA ESTÁ CHEGANDO AO FIM.


O prazo de 90 dias dado ao prefeito Bibi Costa para que o mesmo apresentasse proposta de aplicação definitiva do Piso Salarial do Magistério caicoense está chegando ao final.

A comissão que está fazendo o levantamento da proposta salarial do piso para os professores de Caicó deverá terminar os trabalhos no final deste mês e os Professores municipais aguardam anciosos pelos resultados.

A palavra final dos acordos quem deverá dar é o prefeito Bibi Costa, no entanto, para os Professores o que vale é a aplicação definitiva do piso salarial da educação.

Sem a correta aplicação do Piso Salarial, é bem provável que a greve na educação municpal retorne, uma vez que é grande a insatisfação dos docentes municipais que esperam por resultados positivos.

O SINDSERV. estará realizando reunião geral com a categoria da educação no próximo dia 22 de junho e até lá espera que a proposta seja definitivamente apresentada.
 
FONTE: Blog de Antonio Neves

terça-feira, 7 de junho de 2011

LADAINHA





DO CUSCUZ ALEGADO,
DO SALÁRIO MINGUADO,
DO GOVERNO ENROLADO.

LIVRAI-NOS SENHOR:

DO POLÍTICO CALADO,
DO PODER ATRELADO,
DO AMOR CONGELADO.

LIVRAI-NOS SENHOR:

DO FERVOR ESFRIADO,
DO PLANO DESPREZADO,
DO POVO ENGANADO.

LIVRAI-NOS SENHOR:

DO VALOR CENSURADO,
DO TEMOR PREPARADO,
DO GESTOR DESCARADO.

LIVRAI-NOS SENHOR:

DO MEDO INFUNDADO,
DO CÁLCULO APRESENTADO,
DO PROJETO DESLAVADO.


APRESENTAMOS, SENHOR, TODAS ESTAS SÚPLICAS PARA QUE TENHAMOS:

O PROFESSOR BEM TRATADO,
O ENSINO ACOMPANHADO,
O SABER PROFESSADO,
O SORRISO ESTAMPADO.


RONALDO CARLOS DANTAS DE SOUZA
Professor de Filosofia

Sonhando com a Caicó do futuro



Estamos no ano de 2025. Faz alguns anos que a nossa cidade vivia em um completo caos, ruas esburacadas, escolas sucateadas, sistema de saúde ineficiente, as drogas destruindo famílias e professores ganhando um dos piores salários do país.

Naquela ocasião a que nos remetemos faltava pouco para que Caicó caísse em um profundo abismo sobre o qual já estava cambaleando.

Foi justamente naquele momento de crise aguda que passo a passo as instancias populares começaram acordar, a cobrar mudanças, a perceber que era preciso começar a repensar os seus papeis, suas responsabilidades enquanto sujeitos históricos e como arquitetos de seus destinos.

Nas escolas, nos movimentos sociais, nas organizações civis, ou mesmo nas esquinas, nas calçadas, nos bares e nas salas de visitas das residências o povo caicoense começava a debater questões pertinentes a nossa cidade e a pensar possibilidades de soluções.

No entanto, o mais interessante é que tudo isso não ficou apenas no campo da conversa, as pessoas realmente começaram a agir e 80% da população assinaram um abaixo assinado pedindo o impeachment do prefeito que não vinha correspondendo aos anseios daqueles que o elegeram.

Pressionado pela agitação popular e pressentindo que as suas “batatas também estavam assando” os vereadores acabaram por elaborar e aprovar um documento pedindo a cassação do mandato do prefeito que foi, de fato, em pouco tempo afastado pela justiça.

Não demorou muito e chegou à vez de alguns vereadores que, em conversas gravadas, declaravam participação em atos de corrupção enquanto, ao mesmo tempo, debochavam do povo. Outra vez sentindo-se pressionada pela iniciativa de populares, a câmara legislativa de Caicó viu-se obrigada a dar respostas convincentes à população o que acarretou em investigações, descobertas e punições dos culpados que tiveram seus mandatos cassados.

Foram acontecimentos emocionantes, me orgulha poder contar essa história e saber que eu sou parte dela.

 O povo foi pouco a pouco mudando a forma de pensar e agir. Nos anos seguintes os caicoenses elegeram novos representantes, os quais passaram a perceber a necessidade de mudarem a forma de fazer política. A consciência de que é possível mudar passou a fazer parte do imaginário popular de nossa cidade. Não só na política, mas, na saúde, na educação, na ação social, na infra-estrutura e no espírito de cada cidadão passou a existir o ímpeto de querer fazer diferente.

Essas transformações colocaram os destinos de nossa cidade em novos trilhos, fazendo-a rumar para a Caicó de hoje, com professores bem remunerados, escola de qualidade, uma ótima malha viária, áreas de lazer em cada bairro, sistema de saúde primeiro mundo, políticos comprometidos e...


Joãozinho... Acorda meu filho! Tá na hora de ir pra escola.
Tá bom mãe, Tô indo.


A Caicó do futuro ainda é um sonho, mas cabe a nós torná-la real!

sexta-feira, 3 de junho de 2011

POR UMA CAICÓ MELHOR


Sabemos das mazelas se atrelam a nossa sociedade a um sistema político atrasado e que é legitimado por uma postura acrítica e conformista de muitos cidadãos que, em favor de benefícios próprios, ou mesmo por acomodação, atravanca o progresso de nossa cidade.

Uma vez que já temos consciência desses males cabe agora nos debruçarmos sobre os problemas, pensá-los e buscar alternativas de mudanças. É preciso que principalmente nós trabalhadores, e em especial os professores, retomemos o nosso papel histórico de agente de mudanças sociais.  

Dirigentes de sindicatos, partido e outras organizações que reúnem trabalhadores precisam reconstruir e reforçar os seus canais de comunicações com o povo, esclarecendo-o, instigando-a participação na luta por uma sociedade melhor.

Aliás, retifico parte do que disse no parágrafo anterior. A hora não é mais a de esclarecer, mas, isso sim, apenas de refrescar a memória e de cutucar a “a fera”, no caso o povo, com vara curta mesmo. Pois o povo já sabe que é preciso incendiar a Bastilha, precisamos apenas dar-lhes alguns palitos de fósforos.

Assim, apesar de ouvirmos muitas criticas por parte de dirigentes sindicais, de partidos e de órgão reivindicatórios de nossa cidade percebemos que faltam ações mais contundentes no sentido de provocar a opinião publica e instigar o povo a participação.

É preciso ir onde está o povo, nas associações de bairros, nos seus locais de trabalho, em suas casas e levar a eles a esperança de que é possível mudarmos essa realidade e que merecemos outra Caicó, aonde as pessoas sejam valorizadas pelo que são, e não pelo fato de pertencer à família tal, por ter votado em fulano ou por ser amigo de deutrano.

Nós, professores, temos algo muito importante, decisivo e poderoso que é a palavra, a comunicação direta com futuros advogados, médicos, comerciantes, educadores, gestores, políticos e eleitores.

É decisivo o papel do professor haja vista que, mesmo estando no presente, está em contato direto com a porta para o futuro, que é a educação. Nesse sentido, é obrigação de um bom professor se questionar sobre seus conteúdos, métodos e objetivos educacionais. Enquanto professores e educadores precisamos nos questionar sobre que tipo de cidadãos estamos formando.

Não to querendo dizer que somos salvadores da pátria, mas que a nossa parte temos que fazer bem feita, independente ou não de termos bons salários e de a escola está sucateada. Não se trata de milagre, mas, se só temos o quadro e o giz, embora não consigamos atingir o ideal temos que pensá-lo como possível e fazer o máximo para atingi-lo.

Não conseguiremos vencer essa guerra se não começarmos a formar os nossos soldados. É preciso, enquanto professor, começar a instrumentalizar, a armar aqueles que amanhã poderão está ao nosso lado lutando por uma cidade melhor. Não se trata de regredirmos a um tipo de educação ideológica e alienante, e sim, dotar os indivíduos de capacidade para enxergar o mundo com os seus próprios olhos, lê-lo a luz de uma postura verdadeiramente critica e livre de interesses escusos.

Portanto, se quisermos realmente contribuir para que tenhamos uma cidade melhor, com novos projetos que contemplem a satisfação de todos os cidadãos de bem que vivem e trabalham (de verdade) nessa cidade, é preciso rever as nossas estratégias de resistência.

Não adianta blá, blá, blá em assembléias fechadas ou em passeatas minúsculas que reúnem apenas um ou dois seguimentos da sociedade. Precisamos retomar o debate com a sociedade, irmos a cada bairro, a cada comunidade rural e distrital de nossa Caicó. É preciso, desde já, nos preocuparmos com a formação de nossos futuros soldados. Acreditamos que com atitudes como as que mencionamos aqui seremos, de fato, levados a acender a fagulha que incendiará e destruirá esse Império do descaso.