quarta-feira, 31 de outubro de 2012

FAMÍLIA DE VÍTIMA DE NEGLIGÊNCIA MÉDICA EM CAICÓ PEDI QUE OUTRAS VÍTIMAS TAMBÉM FAÇAM SUAS DENÚNCIAS NO MINISTÉRIO PÚBLICO.




Tem algumas pessoas fingindo que o caso de Carol (Bebê falecida após parto forçado) é isolado. No entanto, há inúmeros relatos e, inclusive, denúncias no Ministério Público que demonstram que histórias de negligência médica aqui na nossa cidade, infelizmente, não é de hoje.

Desde ontem (29/10/12), quando resolvemos publicar o absurdo que atingiu nossa família nas redes sociais, temos recebidos centenas de depoimentos de pessoas solidárias com o nosso sofrimento e daqueles que compartilham já ter sido vítima de casos semelhantes. Muitos desses depoimentos são de pessoas lamentando a morte de seus bebês ou o fato de não poder dar a luz a caicoenses, pois, seus filhos, para terem a garantia do direito a vida, precisam nascer em outras cidades.

Quero, nesse espaço, fazer um apelo a todos os que têm sido vítimas desses casos de negligência e desprezo à vida humana. Esse é o momento de tentarmos reverter esse lamentável quadro da saúde de caicó. Procure o Ministério Público, façam suas denúncias.
 
A sua atitude é de fundamental importância para escrevermos páginas mais felizes para as famílias de Caicó.

 Denuncie!

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

MONSTRUOSIDADE NA SAÚDE PÚBLICA DE CAICÓ.



                                                                                    Por Carlita Barbosa de Souza

No último dia 27 de outubro de 2012, as 3 horas da madrugada, deu entrada no Hospital do Seridó, a paciente Carla Simone dos Santos, em trabalho de parto, sendo submetida a exame de toque, pela parteira,  através do qual ficou constatado que a mesma se encontrava com um centímetro (1 cm) de dilatação.                                                                                       

Após 8 horas da entrada no referido hospital a paciente foi submetida a outro exame de toque, realizado pela parteira, no qual ficou constatado que a mesma ainda se encontrava com um centímetro de dilatação. Dessa forma, conclui-se que após 8 horas de internação a paciente não tinha aumentado a dilatação.

Às 13 horas da tarde a paciente começou a passar mal, chegando a desmaiar, ficando desacordada. Nesse momento, o médico Dr. Valdemar Araújo se recusou a prestar socorro a mesma.

As 14 horas e 30 minutos da tarde o quadro da paciente se agravou. Os familiares e esposo da paciente começaram a implorar que Dr. Valdemar prestasse socorro a Carla Simone. Nesse instante, O esposo da paciente perguntou se o médico iria deixar a filha e a mulher morrerem e o mesmo respondeu com a seguinte afirmação: “ Ela pode morrer, até eu vou morrer um dia”.

Pouco tempo depois, às 15 horas da tarde, o médico leva Carla desacordada para sala de parto normal, pois durante todo esse período
Valdemar Araújo se recusava a fazer o parto cesáreo.  Valdemar ordena ao policial de plantão para retirar todos os familiares da paciente do interior do hospital e manda uma enfermeira dizer que estava tudo bem, que Carla Simone já se encontrava com 8 centímetros de dilatação e que naquele exato momento a criança já estaria nascendo.

Porém, outros profissionais que examinaram a paciente posteriormente afirmam que não acreditam que a mesma estivesse, no momento do parto, com a dilatação necessária, pois, a mesma apresentava traços de quem teria sido vítima de um parto forçado. Alguns desses profissionais chegaram a demonstrar repúdio e até se emocionar com a violência sofrida pela mãe e a criança.

Após 3 horas de ser levada para sala de parto, às 18 horas, a criança finalmente nasceu. No momento em que a criança estava nascendo percebeu-se que a mesma se encontrava asfixiada em razão de que o cordão umbilical havia laçado seu pescoço, levando-a a ter uma momentânea parada respiratória após o parto. Assim, o nascimento ainda não representava o fim da angustia daquela mãe e sua filha, pois, ambas foram levadas para Currais Novos. A criança estava em estado bastante grave, em decorrência do parto forçado, pois a mesma sofreu machucados, formando coágulos na sua cabeça.

Infelizmente, a criança não conseguiu resistir, agora pela manhã tivemos a notícia que ela veio a óbito. A violência do parto pode, também, ser constatada pelas imagens da barriga da paciente, que ficou com vários hematomas em razão da pressão que foi feita sobre seu ventre.


Infelizmente, esse não é o primeiro caso de violência contra pacientes em trabalho de parto na nossa cidade. É preciso que as autoridades políticas, da justiça e toda a sociedade civil organizada se unam para dar um basta nesses absurdos que maculam a imagem de nossa cidade. Não podemos continuar aceitando que as nossas mulheres e filhos tenham fins trágicos como esse que está se passando com Carla Simone e sua Família.

terça-feira, 9 de outubro de 2012

Projeto regulamenta profissão de supervisor educacional




Ademir Camilo

A Câmara analisa proposta que regulamenta a profissão do supervisor educacional em instituições públicas e privadas de ensino. De acordo com o texto, para exercer a função, o profissional precisa ter formação superior em pedagogia ou pós-graduação em supervisão educacional. Para ser aceitos, diplomas expedidos por instituições estrangeiras deverão ser revalidados por universidades públicas brasileiras de acordo com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação.

O deputado Ademir Camilo (PSD-MG), autor da proposta (PL 4106/12), afirma que seu objetivo é definir critérios que permitam à sociedade avaliar a qualidade dos serviços prestados por este profissional. “A função de supervisor educacional é complexa, pois costuma envolver também algumas das atribuições do orientador, do assistente social e do psicólogo.”

A regulamentação, de maneira geral, estabelece que ele coordenará e contribuirá nas atividades de planejamento, execução, controle e avaliação do projeto político pedagógico da unidade educativa, juntamente com a direção, especialistas e professores.

O texto ainda especifica como atribuições do supervisor educacional:

- coordenar, junto com os professores, o processo de sistematização e divulgação das informações sobre o educando, para conhecimento dos pais;

- supervisionar o cumprimento dos dias letivos e horas/aula estabelecidos legalmente;

- orientar e acompanhar os professores no planejamento e desenvolvimento dos conteúdos;

- planejar e coordenar atividades de atualização no campo educacional;

- coordenar o processo de sondagem de interesses, aptidões e habilidades do educando;



- acompanhar o desenvolvimento da proposta pedagógica da escola e o
trabalho do professor junto ao aluno, auxiliando em situações adversas;

-participar da análise qualitativa e quantitativa do rendimento escolar,
junto aos professores e demais especialistas, visando a reduzir os índices de
evasão e repetência, e qualificar o processo ensino-aprendizagem; e

-valorizar a iniciativa pessoal e dos projetos individuais da
comunidade escolar;entre outras.

Pelo texto, para todos os efeitos legais, supervisor educacional é sinônimo de supervisor escolar e de supervisor pedagógico. O projeto prevê ainda que esses profissionais possam se organizar em entidades de classe.

Tramitação

A proposta tramita em caráter conclusivo e será analisada pelas comissões de Educação e Cultura; de Trabalho, de Administração e Serviço Público; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

ALGUMAS CONCLUSÕES SOBRE AS ELEIÇÕES 2012 EM CAICÓ



Após mais de três meses de campanha, carreatas, passeatas e muita poluição sonora chega ao fim as eleições em caicó, com a definição do novo prefeito e do perfil do legislativo da nossa cidade. Assim, já podemos fazer uma breve reflexão acerca do que houve de positivo de negativo no curso e no desfecho do processo democrático.

De fato, foram meses de campanha, de contato corpo a corpo entre candidatos e eleitores, num processo aonde ambos puderam exercer amplamente a sua cidadania. Os candidatos puderam mostrar suas propostas, fazer suas críticas ou exaltar determinadas personalidades políticas e os eleitores, por sua vez, ouviram os candidatos, manifestando sentimentos e posturas de aprovação, negação ou neutralidade.

Porém, temos também algo a lamentar. O desrespeito à legislação ambiental através de carros de sons que extrapolavam os limites permitidos, o abuso no uso de fogos de artifícios, a quantidade de santinhos e panfletos jogados nas ruas são pontos que merecem uma atenção especial e que devem ser revistos.

Outro aspecto negativo foi que a compra ou a troca de votos por favores continuou existindo escancaradamente, só não viu quem não quis vê. Até troca de voto por dentadura, uma das mais arcaicas formas de corrupção eleitoral, esteve presente nas eleições no nosso município. A contratação de pessoas pra segurar bandeiras, distribuir panfletos e outros serviços são formas legalmente instituídas de compra de votos, afinal, ninguém contrata um rapaz para segurar bandeira sem que o mesmo declare o seu apoio político.

No que tange aos resultados das eleições para câmara de vereadores podemos dizer que, apesar de muitas caras novas, o grande vencedor foram a compra de voto e assistencialismo. Merece uma atenção especial o assistencialismo, a compra do povo usando como moeda de troca aquilo que já é do povo, como consultas médicas, medicamentos e exames custeados pelo SUS ou carona para capital do estado em carros do governo.

Apesar disso, pelo perfil do novo legislativo caicoense, acreditamos que o povo de nossa cidade pode comemorar a eleição de uns quatro ou cinco nomes que poderão fazer a diferença através de um mandato voltado para os interesses da população. Ficamos na torcida para que o poder financeiro e da barganha não copitem esses nomes para zonas obscuras.

No que diz respeito às eleições para majoritária o povo de Caicó demonstrou uma evolução política digna de reconhecimento. A população disse, nas urnas, que não aceita mais candidaturas impostas, apadrinhadas. Ficou claro que aquele ou aquela que quiser ser prefeito(a) de caicó terá que, antes de qualquer convenção partidária, passar pelo crivo da aprovação popular.

Parabenizamos a todos os eleitores e candidatos que contribuíram para um processo eleitoral sem muitas complicações. Os caicoenses foram às urnas, exerceram a cidadania, fizeram suas escolhas. No final dessas contas, venceu a democracia, a vontade do povo foi feita.